A partir do ano de 2024, a cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina deve substituir as gotinhas pela vacina na prevenção contra Poliomelite. Em conversa do ClicRDC com a enfermeira do Programa Nacional de Imunização da Vigilância Epidemiológica, Beatris Zanfir Damarem, ela contextualizou que as gotinhas, que entraram para a história da imunização ao eliminarem a poliomielite no Brasil. A enfermeira enfatizou a substituição da gotinha como parte da história no Brasil com o surgimento do representante conhecido como “Zé Gotinha” e explicou como a gotinha será substituída pela vacina em Chapecó. Segundo o Ministério da Saúde, significará uma proteção ainda maior para os brasileiros.
“A partir do ano de 2024, gradualmente, o Ministério da Saúde fará a substituição dela pela forma injetável da vacina. A previsão é que ocorra durante todo o ano, então o Ministério irá fazer essa substituição aos estados e posteriormente aos municípios. Vale ressaltar que a vacina não é vacina nova, ela já faz parte do nosso calendário de longa data”, diz a enfermeira.
Beatris explica ainda que atualmente a imunização contra poliomielite é realizada com três doses aos dois, quatro e seis meses de vida.
“A partir do primeiro semestre de 2024, o governo federal começará a orientar uma mudança nesse esquema, que deixará de incluir duas doses de reforço da vacina oral, substituindo-as por apenas uma dose de reforço da vacina inativada, aos 15 meses”, explica.
No último dia sete de julho, o Ministério da Saúde anunciou que vai substituir gradualmente a vacina oral poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) do imunizante a partir de 2024. A decisão foi recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou as novas evidências científicas que indicam a maior segurança e eficácia da VIP.
Apesar da novidade, o Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, vai continuar na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis, participando das ações de imunização e campanhas do governo.
A orientação da Organização Mundial da Saúde é que todos os Estados passem por esse processo. Chapecó não será diferente; a partir do ano que vem, as vacinas chegarão a todas as Secretarias de Saúde.
