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Secretaria de Saúde em alerta para risco de reintrodução de Sarampo em SC

*Informações Diário Catarinense

A confirmação de casos de sarampo entre os tripulantes de um navio cruzeiro que desembarcaram em Santa Catarina na segunda-feira (18) acendeu um alerta para a reintrodução da doença no Estado.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (21), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) informa que vários casos têm sido relatados dentro e fora do país e, aliado às baixas coberturas vacinais em Santa Catarina, surge o risco de reaparecimento de enfermidades que já haviam sido eliminadas ou erradicadas do Brasil. Em Santa Catarina, o último caso de sarampo foi registrado em 2013 em um paciente com histórico de viagem internacional.

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Foto: Luís C. Kriewall Filho/Especial/BD

Em 2018, segundo a Dive/SC, foram aplicadas 81.213 doses da vacina tríplice viral em crianças de um ano de idade, o que corresponde a 85,21% de cobertura vacinal (dados preliminares) em SC. A meta era imunizar pelo menos 95% do público-alvo (criança de um ano a menores de 5 anos de idade). A vacina protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Acima dessa faixa etária foram aplicadas 444.729 doses da vacina tríplice viral no Estado. No mesmo ano foram aplicadas 60.651 doses da vacina tetraviral, que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela. Os números correspondem a uma cobertura vacinal de apenas 63,64%.

“A baixa cobertura vacinal preocupa pois é preciso de 95% (de cobertura) para evitar que a doença se espalhe na comunidade. O Estado vem num decréscimo da cobertura vacinal e isso é preocupante, pois se registra o acumulo de suscetíveis e essas pessoas podem desencadear um surto de sarampo ou rubéola no Estado” explica a enfermeira da Dive/SC, Alda Silva.

5 mil passageiros precisaram ser vacinados

Além dos tripulantes, cerca de 5 mil passageiros que estavam a bordo do navio de cruzeiros MSC Seaview, que passou por Balneário Camboriú e Porto Belo esta semana, precisaram ser vacinados. A imunização foi feita quarta-feira no Porto de Santos. A decisão foi do Ministério da Saúde, que confirmou casos de sarampo entre os tripulantes da embarcação. Os passageiros que embarcaram, para uma nova viagem, também receberam imunização.

Na segunda-feira, todos os 1.113 tripulantes receberam a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, quando o navio fez escala em Balneário Camboriú. A suspeita inicial era de que os casos fossem de rubéola.

Amostras de sangue, urina e secreções foram analisadas em São Paulo e também em Santa Catarina. A Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ), que é o laboratório de referência nacional para o sarampo, também processará os exames para nova confirmação. Até agora, 18 casos suspeitos foram notificados ao Ministério da Saúde. Os pacientes são da Itália, Ucrânia, Índia, África do Sul e Brasil.

O Ministério considera que o grupo de passageiros que estava a bordo do navio pode ter sido exposto ao vírus do sarampo e, portanto, pode vir a desenvolver os sintomas da doença, que incluem febre alta, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo, coriza e conjuntivite.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há risco de transmissão para quem teve contato com os passageiros durante as paradas do navio em SC. No entanto, nesta quinta-feira, a Dive/SC recomendou atenção. A orientação é para que quem apresentar, dentro de 20 dias, febre, manchas vermelhas pelo corpo, tosse, coriza e até conjuntivite, também deve procure atendimento médico.

Vacinas são gratuitas

A enfermeira Alda Silva também esclarece que as vacinas tríplice viral são gratuitas e podem ser encontradas nas 1.097 salas de vacinação, localizadas em todos os municípios do Estado. A vacina é distribuída diariamente e não há custo ao paciente.

Quem não tiver a carteirinha de vacinação em mãos, também pode se dirigir até um posto de saúde. Segundo Alda, nesses casos serão procurados registros de vacinação. Mesmo assim, caso não sejam localizadas informações de histórico, é possível tomar a vacina novamente por não há risco de efeitos adversos, esclarece a enfermeira.

Sintomas das doenças

Sarampo

Doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala, especialmente, em ambientes fechados.

Rubéola

Doença contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas que se espalham na pele. Também pode ocorrer o aparecimento de gânglios no pescoço. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.

Caxumba

Doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de glândulas responsáveis pela produção de saliva e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula. É transmitida pela tosse, saliva, espirro ou fala de pessoas infectadas.

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