Aos chapecoenses que estão à espera de uma cirurgia que não é considerada de urgência, irão se interessar em saber como funciona o fluxo dos procedimentos eletivos, os quais não precisam ser agendados e poderão ser feitos conforme organização da estrutura hospitalar e equipe médica.
O encaminhamento das cirurgias eletivas acontece via Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que cada unidade federativa tem a organização de suas secretarias estaduais e municipais de Saúde, para atender a demanda dos procedimentos.
Em entrevista ao ClicRDC, o secretário municipal de Saúde, Jader Danielli, informa que em Chapecó há 5.964 cirurgias eletivas aguardando para serem realizadas.
Fluxo de organização das cirurgias eletivas
O secretário explica o fluxo e sistematização das cirurgias eletivas. Primeiramente, o paciente é atendido na Unidade Básica de Saúde, e por indicação clínica é encaminhado ao especialista. No segundo momento, o especialista identifica a necessidade de cirurgia após avaliação/exames, e preenche laudo de Autorização para Internação Hospitalar (AIH). Após o laudo ser entregue pelo usuário ou responsável no segundo andar da Secretaria de Saúde de Chapecó, no setor de Cirurgias Eletivas, o paciente é inserido no Sistema de Regulação – SISREG para a fila cirúrgica, conforme indicação médica;
“A fila cirúrgica é regulada pelo Complexo Regulador de Leitos Hospitalares – Macro Grande Oeste, que autoriza as cirurgias conforme regulação e vagas ofertadas em centros cirúrgicos dos hospitais. Esse órgão informa os hospitais e secretarias em planilha compartilhada”, detalha Danielli.
Após, o Setor de Cirurgias Eletivas realiza contato com o paciente via telefone ou whatsApp, para agendamento de avaliação pré operatória. Neste aspecto, o secretário salienta que quando não é possível contato por estes meios é encaminhada solicitação de Busca Ativa via Unidade Básica de Saúde e, sendo esta sem sucesso é encaminhada Carta Registrada no endereço de residência do paciente registrado no Cartão Nacional do SUS.
No último passo do fluxo de encaminhamento das cirurgias eletivas, o paciente comparece ao Setor de Cirurgias Eletivas da SESAU para agendamento de consultas e exames pré operatórios. Depois dessa avaliação, o paciente retorna ao Setor de Cirurgias Eletivas para seguimento do agendamento cirúrgico.
O secretário menciona que as cirurgias eletivas estão sendo realizadas nos seguintes hospitais: Hospital do Materno Infantil Augusta Muller Bohner; Hospital Regional do Oeste (Alta Complexidade em Oncologia, Ortopedia e Neurocirurgia), Hospital de Itapiranga, Sociedade Hospitalar Itapiranga, Hospital de Nova Erechim, Hospital de Cunha Porã, Hospital Nossa Senhora das Mercês – Iporã do Oeste, Hospital São Lucas – Guaraciaba (pré opratórios), Hospital Nossa Senhora da Saúde – Coronel Freitas (pré operatórios), Fundação Hospitalar Dr José Athanázio – Campos Novos (pré operatórios) e Hospital Pe. João Berthier – São Carlos (cirurgias oftalmológicas).
Tempo de espera
Em relação ao tempo de espera para a realização dos procedimentos, Danielli afirma que depende muito da especialidade, pois existem procedimentos com até cinco anos de espera, e em contrapartida, existem cirurgias sem fila de espera e sem atraso. “Ressaltamos que com nossa organização, objetivamos reduzir ou minimizar ao máximo o tempo de espera para realização dos procedimentos.
Quanto à prefeitura subsidiar o Hospital Materno Infantil Augusta Muller Bohner, para agilizar as cirurgias eletivas, o secretário de Saúde disse que a prefeitura se responsabilizou pelos profissionais estatutários e contratados, para que as cirurgias sejam realizadas no Materno. Atualmente, já acontecem os seguintes procedimentos cirúrgicos: de cabeça e pescoço, proctologia, cirurgia de otorrinolaringologia, de ginecologia de pequeno porte, cirurgia geral pediátrica, vascular, ortopedia, cirurgia geral, bucomaxilo, odontologia para pacientes especiais.
