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Planos de saúde gastam 24% a mais com seus usuários

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Os efeitos da pandemia da Covid-19 refletiram, de forma direta, no crescimento do volume de despesas dos planos médico-hospitalares no Brasil. Entre 2020 e 2021, o valor com as despesas assistenciais, ou seja, aquelas que correspondem a prestação de serviço aos usuários dos planos, passou de R$ 166 bilhões para R$ 206 bilhões, um aumento de 24,3%. Os dados são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

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Em 2020, quando teve início a pandemia, houve uma grande queda no número de consultas, exames, terapias, internações e tratamentos, que resultaram em menores custos para os planos. Por outro lado, no ano seguinte, as pessoas retomaram a solicitação destes procedimentos, aumentando e muito a frequência com que são utilizados os serviços de assistência à saúde, gerando maiores despesas. Entre 2020 e 2021, o número médio de beneficiários de planos no Brasil subiu de 47,1 milhões para 48,4 milhões.

O estudo do IESS também revela que houve um gigante aumento do gasto médio anual dos planos por beneficiário. Ao dividir a despesa assistencial pelo número médio de beneficiários, entre 2011 e 2021, o gasto médio saltou de R$ 1.483 para R$ 4.262, uma alta de 187%. O estudo tem como base de cálculo a despesa assistencial de uma amostra de planos individuais e familiares, e considera o comportamento de preços médios por grupos de despesa na saúde e, também, frequência de utilização dos serviços.

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