
Diante do aumento expressivo de casos de dengue e chikungunya, a prefeitura de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, decretou situação de emergência em saúde pública. O decreto foi assinado pelo prefeito Oscar Martarello na última segunda-feira (17) e autoriza medidas rigorosas para conter a propagação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças.
O município já contabiliza 568 casos prováveis de chikungunya e 744 de dengue em 2025. Além disso, duas mortes foram registradas neste ano. A mais recente foi confirmada nesta segunda-feira: Jurema Musa Rebelatto, de 85 anos, moradora do bairro Tonial, que estava internada desde o dia 9 de março na UTI do Hospital Regional São Paulo (HRSP). A primeira vítima, Rute Alves, de 22 anos, faleceu em 4 de março após agravamento do quadro clínico.
Medidas emergenciais
Com o decreto, servidores de todas as secretarias municipais poderão ser convocados para reforçar as ações de combate ao mosquito. Entre as medidas previstas estão mutirões de limpeza, aplicação de inseticidas, distribuição de repelentes e bloqueio da transmissão em áreas com casos confirmados.
Além disso, o documento autoriza autoridades e agentes de saúde a entrar em imóveis fechados e utilizar propriedades particulares para eliminação de criadouros do mosquito em casos de risco iminente.
As autoridades municipais reforçam o pedido para que a população colabore eliminando possíveis focos do Aedes aegypti e redobrando os cuidados para evitar novos casos.

“Art. 4º Fica autorizada a adoção de medidas pelas autoridades administrativas, agentes de defesa civil e equipe de saúde, a fim de promover ações de combate à epidemia, em casos de risco iminente, podendo inclusive:
I – adentrar em casas, residências e lotes vazios ou em locais cujas residências estejam fechadas, para tratamento e eliminação de possíveis focos de infestação de larvas do mosquito;
II – usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, se houver risco de dano”, diz um trecho do decreto.