Uma tragédia abalou a cidade de Penha, no Litoral Norte de Santa Catarina, com a morte do pequeno Vitor Luiz de Melo, de apenas 9 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico. O menino estava internado na UTI do Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, desde a última sexta-feira (24), quando começou a passar mal e foi levado às pressas ao Pronto Atendimento de Penha. A confirmação da morte causou forte comoção na comunidade local.
Aluno da Escola Municipal Antônio José Tiago, Vitor participava do projeto social Anjos do Futebol, onde atuava como goleiro. Cheio de sonhos, o menino era conhecido por sua alegria e dedicação. Com o agravamento do seu estado de saúde, uma mobilização tomou conta da cidade: familiares, amigos, professores e colegas de equipe organizaram uma corrente de orações, acenderam velas e reuniram-se em fé, na esperança de um milagre.
A morte de Vitor foi confirmada após dias de luta na UTI. A escola onde ele estudava suspendeu as aulas nesta segunda-feira (26) e emitiu uma nota de pesar prestando solidariedade à família. A Prefeitura de Penha também lamentou a perda e destacou o envolvimento do garoto com projetos educacionais e esportivos do município.
O caso acende um sinal de alerta sobre a ocorrência de AVCs em crianças — condição ainda vista por muitos como um problema exclusivamente adulto. O AVC hemorrágico, tipo que acometeu Vitor, ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, provocando sangramento e pressão intracraniana. Em crianças, causas possíveis incluem malformações vasculares, infecções, doenças genéticas ou distúrbios na coagulação.
Especialistas alertam para sintomas que não devem ser ignorados, como dores de cabeça intensas e repentinas, vômitos, convulsões, fraqueza em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou caminhar. Diante de qualquer um desses sinais, o atendimento médico deve ser imediato.
Itajaí, Penha e toda a região amanheceram de luto com a notícia da morte de Vitor Luiz de Melo. A dor da perda de uma criança em circunstâncias tão dramáticas ecoa em toda a sociedade, lembrando da importância da atenção à saúde infantil e da necessidade de preparo do sistema de saúde para identificar e tratar precocemente esse tipo de ocorrência.
A despedida de Vitor foi marcada por homenagens emocionantes. Mais do que um menino, ele representava esperança, união e o desejo de um futuro melhor. Seu legado permanece como um chamado à empatia e ao cuidado com os mais jovens.
