quarta-feira, janeiro 8, 2025
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Covid-19: Entenda o que a doença pode causar entre os pacientes diagnosticados

Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom

Desde março deste ano, quando o município registrou o primeiro caso confirmado da Covid-19, 52 pessoas já faleceram devido à complicações da Covid-19 em Chapecó. A médica infectologista Carolina Ponzi explica que a doença é sistêmica, ou seja, afeta não somente o sistema respiratório, mas os sistemas vascular, nervoso central, e em alguns casos, até mesmo os olhos.

Carolina explica que entre os pacientes infectados com o novo coronavírus, 80% das pessoas evolui de maneira leve, enquanto 20% apresentam sintomas graves. “Existem alguns preditores de gravidade, como a obesidade, hipertensão, doenças crônicas pré-existentes, entre outros fatores. Mas nós temos visto pessoas sem essas doenças pré-existentes, crônicas, também com quadros graves. Acabam em ventilação mecânica, inclusive. Então é uma doença que causa preocupação, especialmente por isso”, comenta.

Segundo a diretora técnica da secretaria de Saúde de Chapecó, Aldarice Pereira da Fonseca, o vírus provoca uma série de alterações no organismo, o que altera todas as defesas – por isso, os sintomas podem manifestar-se de formas variadas em cada organismo.

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“É uma síndrome gripal, mas também pode variar com sintomas gastrointestinais, como vômitos, diarreia, assim como alteração do gosto e cheiro, que são outros sintomas característicos. Entre as pessoas que vão apresentar infecção grave, a gente não sabe ainda como vai ser a evolução, que depende da reação imunológica de cada organismo”. detalha Aldarice.

Grupo de risco: o que é e quem integra?

O Ministério da Saúde define que o grupo de risco entre os pacientes da Covid-19 são as pessoas acima de 60 anos, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Também, pessoas de qualquer idade que tenham comorbidades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras.

Esses pacientes são considerados grupo de risco, conforme explica a dra. Carolina Ponzi, porque eles já têm uma reserva clínica pequena. “Quando esses pacientes são acometidos pela Covid-19, eles tem pouca energia, pouca reserva para brigar contra essa doença. E acabam tendo uma doença mais grave, mais difícil de se recuperar e, muitas vezes, indo a óbito por causa da infecção”, detalha a médica.

Carolina comenta, ainda, que caso a pessoa tenha doenças prévias, e se depara com as complicações da Covid-19, a doença torna-se determinante no caso de um possível óbito.

“O paciente pode ter, por exemplo, Mal de Parkinson, ou uma insuficiência cardíaca como doença de base, mas a coisa que determinou a morte foi a Covid-19. O que significa isso? Se o paciente não tivesse pego a Covid-19, ele não teria morrido naquele momento.” detalha a médica sobre o risco de morte quando há doenças associadas.

Distanciamento social como estratégia de prevenção

Embora diversos estudos clínicos estejam em andamento no Brasil e no mundo, para encontrar um tratamento ou uma vacina contra a Covid-19, a doença segue sem um método de defesa que seja cientificamente comprovado. Por isso, o isolamento (protocolo que é adotado quando o paciente é diagnosticado ou apresenta sintomas da Covid-19) ou o distanciamento social (que estabelece a proibição de aglomerações), ainda seguem como as principais medidas de prevenção ao vírus, conforme aponta Aldarice.

“A dificuldade que se tem é justamente o comportamento das pessoas, porque não é porque as pessoas estão cansadas desse novo normal que a pandemia acabou. Pelo contrário, nós estamos em plena pandemia e é preciso que as pessoas tenham mais empatia pelo outro, que se coloquem no lugar do outro”, comenta a diretora técnica da Secretaria de Saúde de Chapecó.

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