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Coronavírus na Itália: Bergamo, a cidade que não tem como cremar seus mortos

Foto: FOTOGRAMMA / EFE (EL PAÍS)

Informações El País

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As imagens que chegam de Bérgamo, a província mais afetada pelo coronavírus, são devastadoras. Nesta semana uma longa procissão de caminhões blindados do Exército tirou da cidade setenta caixões que se acumulavam no cemitério local, completamente sobrecarregado pela emergência. São tantos os mortos em apenas uma semana que as funerárias não dão conta e os caixões se acumulam nos cemitérios e nas igrejas, onde nenhum tipo de cerimônia pode ser oficiada, tampouco os funerais.

Os crematórios funcionam 24 horas por dia, mas a capacidade máxima é de 25 cadáveres diários. Por isso as autoridades pediram aos militares que transportasse os caixões para outras cidades próximas, que se ofereceram para cremá-los. Na Lombardia, onde vivem pouco mais de um milhão de pessoas, existem 4.305 casos confirmados de coronavírus, segundo as autoridades, e cerca de 500 morreram, conforme noticiado pela imprensa local, já que a administração não fornece números oficiais de mortes por província, apenas por região.

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Bérgamo, na região da Lombardia, tornou-se a imagem do colapso do sistema de saúde diante da pandemia. Seu principal hospital, o Giovanni XXIII, ficou sem leitos na UTI, está transferindo pacientes para outras clínicas em outras regiões e precisa desesperadamente de pessoal sanitário e de materiais, conforme enfatizou em um vídeo nas redes sociais Stefano Fagiuoli, diretor do departamento de Medicina do centro.

Na província de Bérgamo, preocupa especialmente o aumento de mortes em casas de repouso. As autoridades, o pessoal sanitário e os parentes dos doentes alertaram para esse fenômeno que também acontece em outras zonas da Lombardia. Como a região só faz testes para detectar o coronavírus em pessoas com sintomas graves, cada vez mais autoridades e médicos consideram que os números oficiais do coronavírus são apenas parciais.

Nos últimos dias a Defesa Civil começou as gestões para construir um hospital de campanha no pavilhão de feiras de Bérgamo para atender os pacientes do Covid-19, mas o projeto foi interrompido devido à falta de pessoal e de meios.

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