Por Agência Brasil

O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, disse nesta (4) que seu país facilitará a retirada dos brasileiros que estão em Wuhan, a região mais afetada pelo coronavírus. Ele se encontrou nesta terça-feira, em Brasília, com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da Agricultura, Tereza Cristina.
Wanming informou que seu país respeitará a decisão do governo brasileiro de trazer de volta os brasileiros que se encontram na região, e que Brasil e China têm mantido canais de comunicação. Segundo o embaixador, “um mecanismo de troca de informações já foi estabelecido”.
“Vamos prestar nosso apoio aos brasileiros que moram na China, facilitar, prestar as ajuda dos trâmites na cidade de Wuhan”, disse Wanming ao ressaltar que a China tem feito “todos os esforços” para combater o coronavírus.
Segundo ele, o governo chinês se comprometeu a tomar medidas rigorosas para conter a propagação do coronavírus, tanto internamente como para outros países, “com base no espírito de responsabilidade”.
“O governo chinês se dedica a manter essa relação de longo prazo e estável com o governo brasileiro. Os produtos agrícolas são bem-vindos. Não acredito que a relação sino-brasileira será prejudicada [pelo surto]”, completou.

Brasil investiga 13 casos suspeitos de infecção por coronavírus
O Ministério da Saúde investiga 13 casos suspeitos de infecção por coronavírus no Brasil. Até o momento, 16 casos foram descartados. De acordo com o último balanço da pasta, apresentado pelo secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, estão sob suspeitas um caso no Rio de Janeiro, quatro no Rio Grande do Sul, dois em Santa Catarina e seis em São Paulo.
Desde o início da epidemia, foram confirmados 20.704 casos (99,2% na China), com 427 óbitos. A taxa de mortalidade do coronavírus 2019-nCoV é de 2,1%. Até o momento, há 2.788 casos de pessoas infectadas em estado grave. Todos na China. Desses, 492 são novas ocorrências. A província de Hubei continua sendo amais afetada: 66% dos casos ocorridos.