A Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirmou nesta terça-feira (10), o primeiro caso da variante Delta em Chapecó. O caso positivo é de um jovem de 24 anos, morador do bairro Efapi.
Outros 25 casos da variante também foram confirmados no Estado, pelo Laboratório de Referência Nacional Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro com plataforma no Ceará, na segunda-feira (9). Com isso, até o momento o estado detectou 36 casos da variante Delta em 20 municípios.
O caso de Chapecó segue juntamente com outros 24, em investigação sobre o local provável de infecção. Quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do estado).
As amostras foram selecionadas por meio da estratégia de vigilância genômica do SARS-CoV-2 em Santa Catarina, que tem como objetivo monitorar as mutações e variantes que circulam no estado, bem como compreender os padrões de dispersão e evolução do vírus durante a pandemia em curso e o possível impacto na epidemiologia da COVID-19.
A variante Delta
A variante Delta é da linhagem viral B.1.617, que apareceu na Índia em outubro de 2020. Em maio de 2021, após ser associada ao agravamento da pandemia, a cepa foi declarada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme um estudo divulgado em julho por pesquisadores ligados a OMS e ao Imperial College de Londres, a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus original identificado na China, sendo assim ainda mais preocupante do que as variantes surgidas no Reino Unido (Alfa), na África do Sul (Beta) e no Brasil (Gama).
Segundo o último boletim epidemiológico nº74 de 06/08/2021, já foram confirmados 460 casos da VOC Delta em território brasileiro, sendo que os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro apresentam transmissão comunitária.