As autoridades chinesas divulgaram, na manhã de quinta-feira (13), que foi encontrado coronavírus em um lote de asas de frango importado de uma agroindústria do Oeste de Santa Catarina. O comunicado foi divulgado pela Sede de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen.
O vírus foi encontrado durante uma inspeção de alimentos importados, realizada no distrito de Longgang, na China, durante a terça-feira (11). As autoridades chinesas informaram que o vírus foi importado do Brasil.
Conforme a nota das autoridades chinesas, os resultados foram revisados na quarta-feira (12) pelo Centro Provincial de Guangdong para Controle e Prevenção de Doenças e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Shenzhen. Após os exames, os resultados confirmaram a presença do coronavírus na carne.
As pessoas que podem ter tido contato com as mercadorias foram testadas, e todos tiveram resultado negativo – porém, segundo a nota, elas foram colocadas sob vigilância sanitária. Todos os estoques de produtos congelados semelhantes disponíveis na cidade foram testados e apresentaram resultados negativos.
A Sede de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen informou, ainda, que o rastreamento de produtos comercializados do mesmo lote é realizado. As embalagens de mercadorias semelhantes e o ambiente de armazenamento foram todos desinfetados.
“Os cidadãos devem ser cautelosos ao comprar carne congelada e produtos importados e continuar a tomar medidas de proteção para minimizar o risco de infecção”, informou a nota.
LEIA O POSICIONAMENTO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
Caso é investigado
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou, através de nota que o setor produtivo “analisa as informações de possível detecção do vírus nas embalagens”. Segundo a ABPA, ainda não está claro se houve contaminação da embalagem e se isso teria acontecido durante o processo de transporte dos alimentos.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil está em contato com as autoridades sanitárias da China para concluir a análise da situação.
Confira a nota na íntegra:
A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) também publicou uma nota sobre o assunto:
A Associação Catarinense de Avicultura – ACAV representando o setor agroindustrial de produção de aves, tendo por referência a notícia acerca da alegação de detecção de traços de vírus em embalagem de produto oriundo do mercado nacional remetido à China, vem por meio da presente informar que as autoridades brasileiras estão em contato com as autoridades chinesas na obtenção de informações precisas, reiterando, contudo, que o Brasil é um país de excelência na produção de proteína animal no mundo, seja pelo aspecto de sanidade, seja pela segurança dos processos produtivos, auditados reiteradamente por mais de 150 países para os quais o produto é exportado.
O processo produtivo brasileiro, reconhecido internacionalmente, sempre levou em consideração o respeito às pessoas, aos animais e ao uso intensivo de técnicas e tecnologias que levam excelência em qualidade e segurança do alimento colocando assim o Estado de Santa Catarina e o Brasil no topo da cadeia de produção e exportação de aves.
Nesta mesma linha, as evidências científicas demonstram que inexiste a possibilidade de contaminação em produtos de origem alimentícia, em especial nas proteínas animais, necessitando assim um esclarecimento das autoridades competentes quanto às alegações trazidas. A OMS – Organização Mundial da Saúde reportou recentemente a impossibilidade de contaminação de produtos alimentícios por COVID, o que dá a segurança necessária para reafirmarmos a qualidade do produto brasileiro.
O produto catarinense ao longo de mais de 40 anos de parceria e investimentos em pesquisa, sanidade e nutrição que envolvem o poder público e a iniciativa privada constantemente habilita o Estado de Santa Catarina em afirmar que o produto catarinense é seguro e de qualidade.
