segunda-feira, março 10, 2025
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Alexandre Padilha retorna ao Ministério da Saúde com desafios urgentes

Novo ministro enfrenta filas no SUS, combate à dengue e necessidade de articulação política eficaz

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e Gleisi Hoffmann. Palácio do Planalto, Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Alexandre Padilha reassume hoje o comando do Ministério da Saúde, trazendo consigo uma bagagem de experiência e uma lista de desafios que exigem soluções imediatas. Entre as prioridades estão a redução das filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS), o enfrentamento ao avanço da dengue e a necessidade de uma articulação política mais eficaz para garantir a implementação de políticas públicas essenciais.

Redução das filas de espera no SUS

Uma das metas centrais de Padilha é a implementação eficaz do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), lançado em abril de 2024. O programa visa ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias especializadas no SUS, buscando reduzir o tempo de espera para tratamentos em áreas críticas como oncologia, cardiologia e ortopedia. Embora o PMAE tenha alcançado 99% dos municípios em fevereiro de 2025, sua implementação foi criticada pela lentidão, o que contribuiu para a saída da ministra anterior, Nísia Trindade.

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Combate à dengue

Outro desafio significativo é o controle da dengue. Em 2024, o Brasil registrou números recordes de casos e óbitos relacionados à doença. Nos primeiros 50 dias de 2025, houve uma redução de 65% nas infecções em comparação ao mesmo período de 2024; contudo, os números ainda são superiores aos de 2023. Padilha assume o ministério em um período crítico, caracterizado por calor e chuvas, condições propícias para a proliferação do mosquito transmissor. Esforços para fortalecer as estratégias de combate ao vetor serão essenciais para evitar novos surtos.

Aumento das taxas de vacinação

A baixa adesão da população às campanhas de vacinação é uma preocupação crescente. O governo federal enfrentou desafios significativos, como o desperdício de 58,7 milhões de doses de imunizantes desde 2023, resultando em um prejuízo de R$ 1,75 bilhão aos cofres públicos. Reverter esse cenário e aumentar a cobertura vacinal serão prioridades na gestão de Padilha.

Articulação política e gestão de recursos

Padilha também terá a missão de aprimorar a articulação com o Congresso Nacional. A antecessora enfrentou dificuldades nesse aspecto, especialmente na liberação de verbas e emendas parlamentares. Estabelecer um diálogo eficaz com os parlamentares será crucial para garantir o financiamento adequado e a implementação das políticas de saúde.

Gestão dos hospitais federais no Rio de Janeiro

A administração dos hospitais federais no Rio de Janeiro, marcada por denúncias de irregularidades em 2024, exigirá atenção especial. Padilha precisará implementar medidas para reestruturar e melhorar a gestão dessas unidades, garantindo atendimento de qualidade à população.

Melhoria na comunicação governamental

Fortalecer a comunicação do governo na área da saúde é outra prioridade. Em um momento de baixa popularidade, é fundamental que as ações e programas do ministério sejam divulgados de maneira eficaz, aumentando a transparência e o engajamento da população.

A experiência prévia de Padilha como ministro da Saúde e sua atuação política serão fundamentais para enfrentar esses desafios e promover melhorias significativas no sistema de saúde brasileiro.

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