
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape) reativou, nesta quinta-feira (14), a Câmara Setorial do Tabaco em Santa Catarina. O objetivo é criar um espaço permanente de diálogo com a cadeia produtiva e fortalecer a articulação frente a desafios econômicos, regulatórios e sociais que impactam o setor, especialmente na safra 2025/2026.
Durante a reunião on-line, representantes de entidades públicas e privadas discutiram os efeitos das políticas internacionais, as dificuldades comerciais e as mudanças no mercado global. Um dos pontos de preocupação é a 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP11/CQCT), prevista para novembro, na Suíça. Há receio de que novas diretrizes internacionais prejudiquem os países produtores sem considerar suas realidades socioeconômicas.
O secretário de Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, reforçou o papel do Estado como articulador de políticas públicas que levem em conta o impacto do setor para a economia catarinense. “Com diálogo, dados técnicos e união do setor, vamos enfrentar os desafios e garantir que Santa Catarina continue sendo referência na produção e exportação de tabaco de qualidade”, afirmou.
Segundo dados da Afubra e da Epagri/Cepa, a safra 2024/2025 contou com 41.720 famílias produtoras de tabaco em Santa Catarina, distribuídas em 94.212 hectares. A produção foi de 225.239 toneladas, com faturamento bruto estimado em R$ 4,6 bilhões.
A reativação da câmara contou com a participação de representantes da Sape, Epagri, Cidasc, Faesc, Fiesc, Fetaesc, Afubra, Amprotabaco, Mapa e Sinditabaco.
Fonte: SECOM