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A política em ritmo de eleições

Leia a coluna de Robson Santos na Quinta da Opinião

Política tem origem no latim politĭcus, e do grego politikós. O animal social que somos, conforme apresentava Aristóteles, com a definição zoon politikón, discorre sobre cidadãos que compõem a polis, representada por uma convivência harmoniosa, cuja origem latina das civĭtas, civĭtātis,ou ainda civīlis, organizaram o Estado em cidades.

Desde a Grécia antiga, berço da democracia, prima-se pelos princípios do respeito e da participação cidadã, que na época também buscava combater o individualismo e a descrença.

O ente Estado criado a partir dessa premissa, especialmente, voltado à atender as demandas da sociedade como uma coisa (do latim res) pública, tinha o escopo de desenvolver uma crença em líderes reais, humanos, mas especialmente com predicados para ocupar as funções de gestão desse Estado.

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Nesse critério dos atributos, os mesmos nem sempre prevaleceram ou foram predominantes para escolha democrática dos nossos líderes, independente da esfera administrativa.

A liberdade democrática do sufrágio, pela essência da participação popular (do grego demos), por vezes, cria, habilita e legitima para o universo político pessoas ignóbeis, desprovidas de caráter e de moralidade, mas especialmente, sem o conhecimento/competência necessárias que se espera de um gestor.

Exatamente por isso que sou contra a reeleição, não só pela perpetuação do poder ou por aquilo que denomino de “política laboral”, quando o político faz da sua função pública uma profissão. Mas sou contra reeleger alguém, justamente, para que se possa buscar sempre o melhor, sempre alguém melhor, um político que reúna todos os dotes que atendam a expressividade do cargo que ocuparão.

Infelizmente, nas últimas décadas, muitos resultados das urnas ratificam essa problemática, eleições de candidatos que se demonstram verdadeiros néscios ou ainda moralmente comprometidos.

O agravamento disso tudo é quando essas características polarizam as disputas eleitorais, fomentadas por ideologias extremistas, em que ambas se resumem à verdadeiros ataques do bem contra o mal.

Se reproduz nesse cenário a passagem do Rei Salomão, que para manter-se no poder, teria aprisionado 72 demônios em vasos de bronze selados e que seria necessário mantê-los presos, pois se os vasos fossem quebrados, haveria o risco de que todos os demônios fossem libertados e desobrigados a obedecer ao monarca, gerando o caos e a desordem.

Os demônios contemporâneos que se buscam mantê-los presos, são apresentados na forma de riscos de crises, comunismo, fascismo, corrupção, são sempre esses temores implantados, que de forma salomônica a política brasileira busca polarizar o pleito eleitoral. Fica perceptível que esses dois extremos não permitem a criação de um novo líder.

Quando há a expressividade e o destaque de algum político, pelos adjetivos que se espera de um homem público, de alguma forma, este é vítima de fake news, sofre achaques e já se busca implantar o descredito, justamente para não atrapalhar quem só se mantém na evidência, em razão desses inimigos imaginários, pois competência, inteligência, hombridade e honestidade, não são qualidades que possam explorar ou justificar suas permanências no poder, pois sequer os têm.

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