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Vereador de Chapecó diz ter sido ameaçado de morte; acusado nega

O vereador Neuri Mantelli (PRB) afirma que registrou um boletim de ocorrência, nesta quinta-feira (13), depois que foi ameaçado de morte. Ele acusa o secretário Ivaldo Pizzinatto (Gringo), que nega o fato.

A polêmica ganhou repercussão após o discurso de Mantelli durante a sessão ordinária desta quinta-feira, na Câmara de Vereadores em Chapecó. Na tribuna livre, durante quatro minutos, o político disse que faz parte de um grupo de amigos que fazem confraternizações. “O vereador Gringo, secretário do governo, teve a má ideia de me ameaçar de morte neste evento. Hoje, eu fiz um boletim de ocorrência”, explanou.

Com o tom de voz alterado, Mantelli afirmou que soube da ameaça através de um amigo que estava no evento e procurou seu gabinete na quarta-feira (12), para contar o que ouviu. Ele também disse que a testemunha – que não teve a identidade divulgada – foi junto até a delegacia de polícia para registrar o boletim de ocorrência.

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Em entrevista à rádio Super Condá, na manhã desta sexta-feira (14), Mantelli falou sobre o caso. Ele disse que o evento, onde teria acontecido a conversa, foi realizado na última terça-feira (11), quando ele não estava presente. “Eu não pude ir, mas ele [secretário] teve a ideia de perguntar para um amigo nosso sobre o que ele achava da minha atuação na Câmara de Vereadores. Esse amigo respondeu que achava bom e que estava na hora de aparecer algumas coisas que estavam supostamente escondidas”. Ainda durante a suposta conversa entre o secretário e a testemunha, Gringo teria falado:  “tem que ter cuidado porque pode acontecer com ele [Neuri] como aconteceu com finado Marcelino”.


Caso Marcelino: O vereador Marcelino Chiarello (PT-SC), foi encontrado morto no final da manhã do dia 28 de novembro de 2011 pela esposa e filho, pendurado pelo pescoço junto à janela do quarto de visitas, com o rosto e as roupas ensanguentadas. De início, o caso foi tratado como homicídio, contudo, em 29 de junho de 2015, após quatro laudos distintos, o caso foi arquivado como suicídio. Ele era considerado a principal referência dos movimentos populares na Câmara de Vereadores de Chapecó. No exercício do mandato, ele deu voz e apoiou as lutas comunitárias e sindicais. Além disso, denunciou irregularidades no município.  


O que diz o secretário?

Também em entrevista à rádio Super Condá, o secretário Ivaldo Pizzinatto disse que ele o vereador Mantelli sempre mantiveram uma relação de amizade e parceria. “Estou surpreso. Depois vou pegar a cópia do boletim para me inteirar do que está acontecendo, porque é uma denúncia de terceiros, eu nunca tinha visto isso”, disse.

O secretário também se defendeu. “A população chapecoense nos conhece, sabe da nossa índole, do nosso trabalho, da nossa qualidade, do tipo de gente que nós somos, o vereador também sabe. Nunca fizemos nada à ninguém e também nunca vamos fazer”, disse Pizzinatto.

Segundo o secretário, ele procurou o vereador na noite desta quinta-feira para entender o discurso, mas Neuri não atendeu a chamada. “Ele está fazendo uma denúncia e eu nem estou sabendo”, disse. “Uma pena que a política caia para esse caminho, mas vou chamar ele para conversar pessoalmente”.

Evento

Gringo afirmou que esteve no evento dito no discurso. Segundo ele, o encontro aconteceu em Guatambu/SC e também estava presente o vereador Adão. “Eu nem parei praticamente, fiquei jogando baralho o tempo inteiro. Não sei quem levou essa conversa”, disse.

Neuri Mantelli justificou que usou da tribuna para detalhar o assunto, por conta que está “preocupado devido a tantas ameaças que tem recebido de pessoas ligadas ao governo”.

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