
Aliança estratégica tenta salvar legado tucano
O PSDB está em negociações avançadas para se fundir com o Podemos e formar uma federação com o Solidariedade. O objetivo é claro: recuperar protagonismo político após sucessivos reveses eleitorais e lançar uma candidatura competitiva à Presidência da República em 2026. O movimento também busca garantir acesso ampliado ao fundo partidário e ao tempo de TV.
Fusão e federação devem ser anunciadas em abril
A previsão é de que o anúncio oficial da fusão com o Podemos e da federação com o Solidariedade ocorra ainda em abril. Com a união, a nova legenda se tornará uma das maiores em orçamento partidário no país. A deputada federal Renata Abreu, atual presidente do Podemos, é cotada para liderar a nova sigla.
Nova sigla quer fugir da polarização
A aliança pretende se firmar como uma alternativa ao atual cenário polarizado entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lideranças como o deputado Aécio Neves defendem a criação de um novo caminho para o eleitorado de centro, que se sente excluído pelas opções atuais.
Desgaste interno e debandada de lideranças aceleram reações
A debandada de nomes importantes do PSDB, como o governador Eduardo Leite e a governadora Raquel Lyra, ambos migrando para o PSD, intensificou a urgência por reestruturação. Leite deve disputar o Senado em 2026, mas mantém como meta a corrida presidencial em 2030, o que o afasta das articulações imediatas da nova federação tucana.
Reconfiguração partidária em curso no país
A movimentação do PSDB acontece em meio a uma ampla reconfiguração partidária no Brasil. Outras siglas também articulam fusões e federações para fortalecer suas bases no Congresso, como o União Brasil com o PP, e o MDB com o Republicanos. A corrida por alianças é vista como crucial para sobrevivência política e influência nas eleições de 2026.