Informações: G1
A jornalista Andréia Sadi, do G1, publicou a informação de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Segundo a reportagem, a decisão é provisória e foi tomada a partir de uma ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Ramagem foi nomeado pelo presidente da República para atuar como diretor-geral da PF, para substituir Maurício Valeixo. “Diante de todo o exposto, nos termos do artigo 7º, inciso III da Lei 12.016/2016, DEFIRO A MEDIDA LIMINAR para suspender a eficácia do Decreto de 27/4/2020 (DOU de 28/4/2020, Seção 2, p. 1) no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz trecho do documento de Moraes.
A substituição de Valeixo motivou a saída do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro – que acusa Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF. O ministro do STF menciona as alegações de Moro na decisão da suspensão, e coloca que pode ter ocorrido desvio de finalidade na escolha de Ramagem .
Ainda conforme Moraes, as afirmações de Moro indicam que Bolsonaro queria “ter uma pessoa do contato pessoal dele” no comando da PF, “que pudesse ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência”.
Na reportagem de Andréia Sadi, ela alega que Ramagem é próximo da família Bolsonaro desde 2018, quando ele chefiou a equipe de segurança na campanha eleitoral do atual presidente.