União estratégica de forças políticas
O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) está em negociações avançadas para formar uma federação partidária com o Partido Social Democrático (PSD) e o Republicanos. A proposta visa consolidar uma frente robusta de centro no Congresso Nacional, com foco nas eleições de 2026. Juntos, os três partidos somariam uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado, o que ampliaria significativamente sua capacidade de influência sobre as pautas legislativas e decisões estratégicas.
Objetivos da federação
A federação partidária, modelo aprovado no Brasil em 2021, exige atuação unificada entre os partidos por ao menos quatro anos. Ao contrário das coligações eleitorais temporárias, essa estrutura demanda coerência programática e organização permanente. Para MDB, PSD e Republicanos, trata-se de uma tentativa de fortalecer a governabilidade e reduzir a pulverização partidária no Legislativo.
Conjuntura e disputa com outros blocos
A possível federação surge em meio à movimentação de outras legendas, como a união entre União Brasil e Progressistas (PP), que já projetam blocos para 2026. Para conter o avanço desses grupos e reposicionar-se como protagonista, o MDB articula alianças que permitam maior capilaridade nacional. A soma de forças seria suficiente para influenciar decisões importantes, como a presidência da Câmara, relatorias de projetos e articulações de governo.
Obstáculos no caminho
Apesar do interesse declarado, as tratativas enfrentam impasses regionais, especialmente em estados onde os partidos têm candidatos rivais. Outro ponto de atrito é a definição de uma agenda política conjunta, incluindo posicionamentos quanto ao governo Lula e distribuição de candidaturas majoritárias. A definição de lideranças e o estatuto comum da federação também seguem em debate.
Representatividade atual no Congresso
Na Câmara, cada uma das três siglas conta com 44 deputados federais, enquanto no Senado o PSD possui 11 senadores, o MDB 10 e o Republicanos 3. A federação poderia somar mais de 130 parlamentares na Câmara e mais de 20 no Senado, tornando-se um dos grupos mais influentes da política nacional.
