Compromisso reafirmado no Planalto
Em uma reunião marcada por gestos simbólicos e cobranças diretas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta terça-feira (29) às principais centrais sindicais do país que defenderá as pautas trabalhistas no Congresso Nacional. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a participação de representantes de oito centrais, que entregaram uma atualização da “Pauta da Classe Trabalhadora”, composta por 26 propostas concretas.
Pelo fim da escala 6×1 e pela redução da jornada
Entre os pontos mais contundentes do documento está a revogação da jornada 6×1, que permite apenas um dia de descanso semanal e é criticada por sobrecarregar os trabalhadores. As centrais também pedem a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição salarial — uma bandeira histórica do movimento sindical.
Reforma tributária com justiça social
Outra reivindicação forte é a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, como forma de promover maior justiça tributária para os trabalhadores de baixa e média renda. As centrais também defendem a taxação dos super-ricos, propondo a criação de mecanismos para equilibrar a carga tributária e financiar políticas públicas.
Agendas do governo no Dia do Trabalhador
Embora Lula não vá participar presencialmente das manifestações de 1º de maio, ele gravou um pronunciamento em rede nacional, reforçando o apoio às pautas. Ministros como Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Cida Gonçalves (Mulheres) representarão o governo nas mobilizações organizadas em São Paulo.
Mobilização permanente no Congresso
O presidente destacou a necessidade de construção coletiva com o Legislativo, afirmando que buscará articulação política para viabilizar as propostas. As centrais sindicais, por sua vez, garantiram que manterão o diálogo com o governo e pressionarão parlamentares para que os temas avancem na pauta do Congresso.
