
A promotora de Justiça Vanessa Wendhausen Cavallazzi foi nomeada pelo governador Jorginho Mello como a primeira mulher a comandar o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Com quase 30 anos de atuação no órgão, Vanessa foi a segunda colocada na eleição interna para formação da lista tríplice, realizada em 28 de fevereiro, e agora assume a liderança da instituição.
A disputa pela chefia do MPSC foi acirrada. O atual Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano, recebeu 292 votos, enquanto Vanessa obteve 261. Segundo o governador, a escolha foi desafiadora devido à qualidade dos candidatos. “Foi uma eleição disputada, os dois candidatos foram bem votados, o que demonstra que ambos têm o apoio e respeito dos seus colegas. Não foi uma escolha fácil, porque são dois excelentes nomes”, declarou Jorginho Mello.
Carreira e trajetória no MPSC
Atualmente titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Joaquim, Vanessa também tem forte trajetória acadêmica. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é Mestre em Direito e Políticas Públicas pelo Centro Universitário de Brasília (UNICEUB) e doutoranda do mesmo programa. Além disso, já ministrou aulas e palestras em diversas instituições e órgãos do Ministério Público pelo país.
Atribuições do cargo
Como Procuradora-Geral de Justiça, Vanessa terá atribuições administrativas e de execução. No âmbito criminal, poderá propor ações penais contra autoridades como prefeitos, secretários de Estado, deputados estaduais, juízes e membros do próprio Ministério Público. Administrativamente, será responsável pela proposta e execução do orçamento do MPSC, criação e modificação de cargos, aquisição de bens e serviços, instauração de sindicâncias e aplicação de sanções, além de coordenar a atuação institucional.
O mandato tem duração de dois anos, com possibilidade de uma recondução. Com essa nomeação, Vanessa Wendhausen Cavallazzi entra para a história do Ministério Público de Santa Catarina como a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da instituição, reforçando a presença feminina em posições de liderança no sistema jurídico brasileiro.