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França: extrema-direita sai na frente no 1º turno

EFE/EPA/IAN LANGSDON

Neste domingo (30), a extrema direita alcançou uma vitória significativa no primeiro turno das eleições legislativas na França. O partido Reagrupamento Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, e seus aliados conquistaram mais de 34% dos votos, superando as forças de centro-direita do presidente Emmanuel Macron, que ficaram em terceiro lugar, atrás da esquerda.

Marine Le Pen comemorou o resultado em Hénin-Beaumont, seu reduto no norte da França, declarando a necessidade de alcançar uma maioria absoluta no segundo turno, agendado para 7 de julho. “Precisamos de uma maioria absoluta”, afirmou Le Pen, destacando que o “bloco macronista” foi “praticamente apagado”.

A eleição legislativa francesa é caracterizada por um sistema de dois turnos para eleger os 577 deputados da Assembleia Nacional. Dependendo dos resultados em cada circunscrição, dois ou mais candidatos podem avançar para o segundo turno, tornando o resultado final incerto até a contagem dos votos.

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A participação foi considerada histórica, atingindo 59,39% às 17h (12h em Brasília), 20 pontos a mais do que no mesmo horário em 2022, de acordo com o Ministério do Interior.

A ascensão do RN marca uma mudança política significativa na França e poderia enfraquecer o apoio de Macron à Ucrânia, dado o relacionamento próximo do partido de Le Pen com a Rússia de Vladimir Putin. Apesar de afirmar seu apoio a Kiev, Le Pen busca evitar um confronto com Moscou.

Em resposta ao avanço da extrema direita, o líder esquerdista Jean-Luc Mélenchon prometeu retirar seus candidatos que ficarem em terceiro lugar para aumentar as chances de derrotar o RN no segundo turno. Macron, por sua vez, convocou uma aliança “ampla” e “claramente democrática e republicana” contra o RN, embora não tenha especificado se retirará seus próprios candidatos para fortalecer a oposição à extrema direita.

O segundo turno, portanto, será decisivo para definir a nova dinâmica de forças na Assembleia Nacional francesa.

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