quarta-feira, março 19, 2025
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Decisão de proibir datas comemorativas em escolas em cidade de SC gera revolta e reviravolta

Comunidade se mobiliza após anúncio polêmico e prefeito intervém para reverter medida

Foto: Cristiano Estrela / Secom

Em um episódio que abalou a pequena cidade de Pouso Redondo, Santa Catarina, a decisão da Secretaria de Educação de suspender as comemorações de datas como Páscoa, Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais nas escolas provocou uma onda de indignação entre pais, professores e moradores. O argumento da secretaria era respeitar a diversidade religiosa e evitar constrangimentos a crianças que não possuem pai ou mãe, além de garantir que o conteúdo pedagógico não fosse prejudicado.

A medida, no entanto, não foi bem recebida pela população. Diante da repercussão negativa, o prefeito Rafael Neitzke Tambozi tomou uma atitude drástica: exonerou o secretário de Educação Mateus Peyerl e garantiu que as comemorações tradicionais seriam mantidas no município.

A insatisfação da comunidade ficou evidente nas manifestações de pais e educadores, que argumentaram que essas celebrações são parte essencial da cultura e da formação das crianças. Segundo eles, a medida não apenas eliminava momentos importantes de confraternização, mas também criava um precedente perigoso de descaracterização das tradições locais.

- Continua após o anúncio -

Diante da pressão, o prefeito não hesitou em agir. Ele anunciou que as datas comemorativas continuarão a ser celebradas nas escolas, mas com algumas adaptações para tornar as homenagens mais inclusivas. O Dia das Mães e o Dia dos Pais serão trabalhados dentro das salas de aula, com atividades que envolvem todas as configurações familiares, e a Páscoa e o Natal terão celebrações lúdicas dentro do período festivo.

Regulamentação e futuro das festividades

Além de reverter a decisão, o prefeito sugeriu a criação de uma lei municipal para regulamentar o uso de recursos públicos nas comemorações escolares, garantindo que esses eventos sejam realizados de forma organizada e transparente.

Outra questão levantada foi a realização das tradicionais festas juninas. Ficou decidido que cada escola terá autonomia para decidir sobre o evento, com apoio da Associação de Pais e Professores (APP), considerando a estrutura e organização necessárias.

Reflexos na região

A polêmica em Pouso Redondo não ficou restrita às suas fronteiras. Em cidades vizinhas, como Timbó, autoridades locais reafirmaram o compromisso com as tradições e garantiram que as datas comemorativas continuarão a ser celebradas. Para muitos, a tentativa de eliminar essas festividades vai contra os valores e a identidade cultural das comunidades.

Com o desfecho do caso, a população de Pouso Redondo demonstrou que a voz da comunidade tem peso e que preservar tradições é essencial para a formação das crianças. Mais do que uma reviravolta política, o episódio se tornou um marco da importância do diálogo entre gestão pública e sociedade.

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