

O Brasil volta aos holofotes da diplomacia internacional neste domingo (6) e segunda-feira (7), quando o Rio de Janeiro recebe a Cúpula do Brics, bloco formado por 11 das principais economias em desenvolvimento do mundo. O encontro ocorre oito meses após a cidade ter sediado a reunião do G20, reforçando o papel do país como articulador de debates globais em 2025.
Sob presidência brasileira, a Cúpula do Brics acontece no Museu de Arte Moderna (MAM) e reúne países que integram o chamado Sul Global. Atualmente, o grupo conta com 11 membros (Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia) e 10 países-parceiros, como Cuba, Bolívia, Nigéria e Vietnã.
O bloco busca fortalecer a cooperação entre países em desenvolvimento, com foco em temas como inteligência artificial, saúde global, financiamento sustentável, comércio e mudanças climáticas. A presidência brasileira também defende avanços na reforma das instituições multilaterais, como a ONU e o FMI.
Criado oficialmente em 2006 com quatro países (Brasil, Rússia, Índia e China), o grupo ganhou a África do Sul em 2011 e ampliou sua composição em 2024 e 2025. Embora não seja uma organização internacional formal, o Brics opera como fórum de articulação política e econômica entre seus membros, representando quase metade da população mundial e 39% da economia global.
Um dos principais instrumentos do grupo é o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), presidido atualmente por Dilma Rousseff e com sede em Xangai, na China. O banco já financiou mais de US$ 39 bilhões em projetos sustentáveis. O bloco também mantém o Arranjo Contingente de Reservas, com capacidade de US$ 100 bilhões para apoiar membros em crise cambial.
A Cúpula marca a quarta realizada no Brasil — as anteriores ocorreram em Brasília (2010 e 2019) e Fortaleza (2014). Em 2026, o evento será sediado pela Índia.
Foto: AgênciaBrasil