O presidente Jair Bolsonaro definiu durante a madrugada de terça-feira (28), novos nomes para ocupar o Ministério da Justiça e a direção geral da Polícia Federal (PF). A pasta da Justiça e Segurança Pública fica sob a responsabilidade de André Luiz de Almeida Mendonça. Já a direção-geral da PF foi transferida para Alexandre Ramagem.
As decisões aconteceram após o pedido de demissão do ex Ministro da Justiça, Sérgio Moro, na manhã de sexta-feira (24), motivado pela substituição do ex diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. O decreto foi publicada em diário oficial. Mendonça e Ramagem foram exonerados dos cargos que exerciam anteriormente no governo para ocuparem as novas funções.
O novo ministro da Justiça
André Mendonça tem 46 anos e é natura de Santos (SP). Ele é advogado, formado pela faculdade de direito de Bauru (SP), doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade, pela Universidade de Salamanca, na Espanha.Também, é pós-graduado em direito público pela Universidade de Brasília.
Exerce a função de advogado da União desde 2000, com atuação nos cargos de corregedor-geral da Advocacia da União e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Recentemente, na Controladoria-Geral da União (CGU), como assessor especial do ministro, coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas.
O novo diretor da PF
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Alexandre Ramagem atuava no cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele é formado em direito Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ingressou na Polícia Federal (PF) em 2005 e é delegado de classe especial.
Em 2007, ele foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Ramagem foi transferido, em 2011, para a sede da PF em Brasília, para criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos e, a partir de 2016, passou a chefiar a Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da PF.
Em 2017, foi convidado a integrar a equipe de policiais federais responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária no âmbito dessa operação. A partir das atividades desenvolvidas, passou a coordenar o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regional, no Rio de Janeiro.
Em 2018, assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da Polícia Federal, na condição de substituto do diretor de Gestão de Pessoal. Em razão de seus conhecimentos operacionais nas áreas de segurança e Inteligência, assumiu, ainda em 2018, a Coordenação de Segurança do então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
