quinta-feira, dezembro 4, 2025
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Vereador de Chapecó propõe moção de repúdio ao diretor do Fantástico após reportagem

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Grupo Condá de Comunicação

O vereador de Chapecó, Cleiton César (Progressistas), propôs ontem (3) uma moção de repúdio a Bruno Bernardes, diretor do Fantástico, revista eletrônica da TV Globo. O motivo é a reportagem veiculada no domingo, 30 de novembro, onde o programa Mão Amiga de atendimento a moradores de rua foi tratado de forma pejorativa pela reportagem de Carlos de Lannoy, com a produção de James Alberti e Pedro Rockenbach.

É importante contextualizar que Chapecó entrou na mira do Fantástico por polêmicas que surgiram após ações da Prefeitura de Florianópolis, que está pagando passagens de volta para pessoas que estão vindo ao município sem a finalidade clara de passeio, trabalho ou outras atividades, para evitar o crescimento da população de moradores de rua no município. Balneário Camboriú abriu a reportagem, onde também teve suas ações contestadas. Coincidência ou não, os três municípios citados são governados pelo PSD.

Cleiton afirma que os resultados do programa Mão Amiga não foram mencionados na matéria veiculada pelo Fantástico: “Isso contribuiu para uma apresentação incompleta, desequilibrada e carente de informações fundamentais, podendo induzir o público a uma percepção distorcida acerca do trabalho desenvolvido pelo Município de Chapecó”.

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Para o vereador, o Município, por meio de suas equipes técnicas e políticas públicas estruturadas, atua com cuidado, responsabilidade e respeito às pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade, desenvolvendo ações continuadas de acolhimento, tratamento, acompanhamento e reinserção social: “A omissão de dados relevantes e de resultados positivos compromete o princípio da informação veraz, equilibrada e responsável, que deve nortear a atividade jornalística, especialmente quando se trata de políticas públicas sensíveis e de pessoas em extrema vulnerabilidade”, afirma Cleiton.

Cleiton aponta que matérias dessa natureza, quando apresentadas de forma parcial, podem prejudicar a imagem de programas sérios como o Mão Amiga e o Acolher Amigo, bem como desestimular servidores, profissionais e entidades envolvidas, além de causar insegurança e desinformação na população. Protocola esta moção um jornalista que esteve, por 23 anos, integrando a equipe do Jornal do Almoço, na afiliada da TV Globo em Chapecó, passando por etapas tanto na RBS quanto na NSC.

Me chama a atenção que, das fontes especialistas da reportagem, apenas uma delas era catarinense, e que inclusive trabalhou em Chapecó por alguns anos: o promotor Eduardo Sens dos Santos, que enquanto esteve trabalhando em Chapecó, nas pastas de Cidadania, Direitos Humanos e Meio Ambiente, denunciou muitas pessoas de grande influência na área da Comarca, colocou o antigo Plano Diretor de Chapecó em xeque e se fez ser ouvido por todas as autoridades do município com suas posições contundentes. Hoje, Eduardo é coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do Ministério Público de Santa Catarina.

Recadinhos

  • Se eu fosse procurador-geral do Município, usaria e abusaria da Lei do Direito de Resposta contra o Fantástico. Leonel Brizola, na histórica “paulada” que deu na TV Globo em 1996, em pleno Jornal Nacional, já deu o exemplo.
  • Quero me solidarizar com todos os funcionários da Prefeitura de Chapecó que atenderam às adequações exigidas nos últimos quatro anos, desde o início do programa, quando ainda se chamava “Internamento Involuntário”.
  • Tenho a tranquilidade de que a municipalidade se adequou à leva de exigências do Poder Judiciário, e que a imprensa local exigiu o cumprimento dessas exigências em 2022 e 2023, por isso se sente desrespeitada neste momento.
  • Deixo as linhas finais para um esclarecimento importante: ninguém da NSC em Chapecó participou dessa reportagem. Toda a equipe veio do Rio de Janeiro para fazer o que fez. Apesar disso, James Alberti é natural de Jardinópolis, aqui pertinho.
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