A relação entre o Judiciário e o mercado financeiro entrou no centro do debate político em Brasília neste Natal, e tudo por conta de uma reportagem publicada no início desta semana pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Conforme a newsletter The News, a matéria afirma que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, procurou Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, ao menos quatro vezes para tratar da venda do Banco Master ao Banco Regional de Brasília (BRB).
Segundo os relatos, foram pelo menos três ligações telefônicas e uma reunião presencial, em julho, quando a operação, avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, ainda dependia do aval do Banco Central. Moraes teria dito que o Master estaria sendo “combatido” por incomodar bancos maiores. O pedido, na prática, seria para acelerar a aprovação do negócio.
A conversa mudou de tom quando Galípolo informou que técnicos do Banco Central haviam identificado fraudes de R$ 12 bilhões em repasses do Master ao BRB. Diante disso, o ministro teria recuado. Pouco tempo depois, o Banco Central decidiu pela liquidação do Master. A notícia da suposta “pressão” de Moraes sobre Galípolo teria chegado a importantes empresários e banqueiros da Faria Lima, deixando-os perplexos.
Após a repercussão, Moraes e Galípolo confirmaram que se reuniram, mas afirmaram que o tema tratado foi apenas a Lei Magnitsky imposta ao ministro do STF. A nota, porém, não negou os contatos sobre o caso Master. O tema reacende a discussão sobre qual o limite de atuação do Poder Judiciário. Será que é da alçada de um ministro atuar a favor de uma empresa, seja pelo motivo que for? Eu acho que não.
Além disso, o tema ganha mais relevância pela proximidade da família Moraes com o banco. Há algumas semanas, foi revelado o contrato de R$ 129 milhões que a esposa de Moraes, Viviane Barci, tinha com o Master. No Congresso, parlamentares de oposição já aproveitam a polêmica para aumentar a pressão por um impeachment de Moraes no STF, enquanto senadores independentes pedem investigação. Isso já é o suficiente para o Papai Noel não dar presentes para o “Xandão” esse ano, porque pelo visto, ele não se comportou bem.
O programa Sala de Debates de hoje (24) foi especial de Natal na Condá FM. Tivemos a presença do padre Anélio Cantoni, coordenador de pastoral da Arquidiocese de Chapecó; do pastor Getúlio Gromovski, superintendente regional da Igreja Quadrangular; e do pastor José Paulo Nogueira, presidente da Igreja Renovar em Cristo.
A abordagem do Natal como tempo de reconciliação foi o tema central do debate, e o que desejo nessa sublime data é que a reconciliação seja um assunto diário de prática na sua vida. Que todos os dias venhamos a nos posicionar da forma como Jesus nos orienta na Bíblia Sagrada para termos a paz de Deus, a paz com Deus e a paz com os outros. Apenas dessa maneira, um dia como hoje valerá a pena ser vivido. Em virtude do feriado de amanhã (25), vamos dar uma pausa, com a coluna voltando na sexta-feira (26).
Recadinhos
- Depois de um 2025 traumático para quem não vive sem cafezinho, o ano que vem promete um pequeno alívio nos preços. A bebida mais amada pelos brasileiros deve até ficar um pouco mais barata, só que continuará caro para os padrões históricos.
- Conforme o The News, o preço do café registrou a maior inflação acumulada em 12 meses desde o Plano Real, e o grão arábica bateu o nível mais alto em quase três décadas.
- A consequência disso foi a queda de 5,4% nas vendas de café no Brasil entre fevereiro e agosto, algo perto de 500 mil sacas a menos. O clima jogou contra: calor extremo e seca prejudicaram lavouras no Brasil e em outros grandes produtores.
- Você pode ajudar a Renovar em Cristo a entregar para Chapecó o maior templo evangélico de SC e RS! Acesse rifei.com.br/chapenaseriea e concorra a uma camisa da Chape autografada por todos os jogadores que participaram do acesso à Série A!
