Nestas eleições municipais, o PL tem um grande desafio, definido na convenção partidária ocorrida ontem (4), na sede da Acamosc: eleger o maior número de vereadores possível sem apoiar nenhum candidato à Prefeitura de Chapecó, e sem lançar nomes para uma chapa majoritária. A posição de independência do partido de Bolsonaro em Chapecó é uma vitória do presidente municipal da sigla, Leandro Sorgatto, na queda de braço que teve com o governador Jorginho Mello.
Todos sabiam que seria muito difícil para o PL ter uma possibilidade de disputa concreta contra João Rodrigues (PSD), e que os interesses dos dois partidos para as eleições gerais de 2026 ficaram muito claras neste período pré-eleitoral. Desde o mês de abril, Sorgatto foi firme em afirmar que os liberais deveriam ter “sangue doce” neste pleito, e sofreu forte oposição da executiva estadual do partido, mas venceu, e agora o partido construirá a campanha e verá nas urnas se fez a coisa certa, ou não.
O fato é que, mesmo em uma campanha independente, com espaço em rádio e TV dedicado totalmente aos candidatos a vereador, o PL pode fazer duas ou três cadeiras, de acordo com a nominata que lançou ontem. Obviamente, o partido Novo, que já conversou com os liberais, pode ainda sonhar com o apoio da sigla bolsonarista para a candidatura de Dadá Westphal, que será homologada hoje (5), mas se isso não ocorrer, não haverá nenhum demérito para o PL.
E foram de Scolari, mesmo
Valmor Scolari (PSD) é o candidato a vice-prefeito na chapa de João Rodrigues à reeleição, conforme definição feita na convenção da coligação Chapecó Acima de Tudo, no Centro de Eventos, na manhã do sábado (3). A nomeação é um reconhecimento ao trabalho desempenhado como vereador e secretário de Desenvolvimento e Obras. Nem todos ficaram contentes com a decisão, mas quando começaram a surgir sinais de que o prefeito iria escolher o candidato a vice dentro do PSD, o nome de Valmor esteve sempre à frente.
Na convenção realizada sábado, foram lançadas um total de 128 candidaturas a vereador pela coligação formada por PSD, PP, Podemos, União Brasil, Republicanos e PDT. Destas, três vão precisar cair, sendo uma do Republicanos e duas do Podemos, por terem excedido o limite de 22 candidaturas por partido. Ou seja, o número de candidatos fica em 125 até a confirmação da nominata de candidatos ao Legislativo do MDB, que ocorrerá na noite de hoje.
João Rodrigues governador? Para Salvaro, sim!
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), acordou hoje com o bom dia do Gaeco. Conforme a jornalista Maga Stopassoli, da rádio Som Maior, ele teve um mandado de busca e apreensão cumprido na casa dele em função da operação Caronte, deflagrado para combater crimes envolvendo a “máfia das funerárias”, já investigada há um tempo pelas polícias e Ministério Público. Mas ontem, ele estava mais tranquilo, e deu uma fala muito otimista para o amigo e colega de partido, João Rodrigues.
Salvaro afirmou para João: “em 2026, eu quero percorrer o estado de Santa Catarina para pedir voto pra ti ser o governador de todos os catarinenses”. Bom, primeiro que ele resolva os problemas dele com a Justiça, assim como João fez, pra depois querer defender uma candidatura do prefeito de Chapecó ao Governo do Estado, né?
Recadinhos
- A candidatura de Padre Pedro Baldissera (PT) à Prefeitura de Chapecó, e a nominata do candidato a vice e dos candidatos a vereador será definida também hoje. É o prazo final para as convenções partidárias
- João Rodrigues fez questão de ir a Criciúma ontem para prestigiar a convenção da coligação liderada pelo PSD para a manutenção do grupo político de Salvaro no poder
- Assim como em Chapecó, o PSD criciumense vai de chapa pura: Vagner Espíndola como candidato a prefeito, e Salésio Lima será o candidato a vice
- Assim como na capital do Oeste, União Brasil, Podemos e PDT também compõem a coligação da situação na capital carvoeira