A Venezuela está testemunhando a fase final do regime de Nicolás Maduro. Esta é afirmação de Alexander Aragol, imigrante venezuelano residente em Chapecó, que mais uma vez colabora com a coluna. Para ele, nenhum sistema sustentado pelo medo, mentiras e miséria pode sobreviver para sempre: “A história tem sua própria linguagem e, quando decide falar, varre qualquer tirano que ouse desafiá-la”.
Alexander afirma que, durante anos, observou um país sangrar enquanto uma minoria se agarra ao poder como quem abraça um naufrágio, acreditando ser um porto seguro: “A tragédia do regime é confundir a resistência do povo com apoio e o hábito da fome com complacência. Mas o mais difícil de tudo não é o colapso do sistema, mas a cegueira deliberada daqueles que ainda o defendem”.
Para Aragol, ser um seguidor do regime chavista não torna seu apoiador alguém leal; mas sim, um prisioneiro: “Ter formação intelectual não te torna um inimigo do processo; te torna livre. A diferença entre os dois não é política, é filosófica. O seguidor se submete para não pensar, o intelectual pensa para não se submeter. O seguidor repete slogans, o intelectual questiona, mesmo quando dói. O seguidor chama qualquer verdade incômoda de ‘ataque’, o intelectual chama de ‘verdade’ tudo aquilo que possa demonstrar a realidade.
Alexander descreve quais fatos o fazem crer que o regime chavista está caindo: “Sente-se isso na economia que mal respira, na migração incessante, no olhar cansado do cidadão que já não acredita na história, no próprio governo, que se contradiz para sobreviver, como um gigante oco fazendo barulho para provar que existe”.
Aos que ainda defendem essa ditadura, Aragol afirma: “Não é a coragem que os move, é o medo. Não é a convicção, é a dependência. Não é a consciência, é o autoengano. E a verdade mais incômoda é que o país não precisa de vocês como seguidores. É preciso que vocês, seres pensantes, contribuam para isso, porque quando este capítulo terminar, e terminará mais cedo do que muitos acreditam, ficará exposto quem teve a coragem de pensar e quem preferiu se esconder na sombra de um poder que perdeu sua luz.
Por fim, Alexander aponta que na Venezuela, não há mais espaço para obediência cega, só para consciência desperta: “Se você ainda defende o regime, pergunte-se algo que pode mudar seu destino: Sou parte de um projeto político ou sou parte do erro histórico pelo qual meus filhos e netos terão que se desculpar?”.
Recadinhos
- Na sexta-feira (5), o Poder Executivo de Chapecó enviou à Câmara de Vereadores o projeto de lei que garante aumento real de 5% ao salário dos servidores públicos municipais em 2026.
- O projeto também aumenta o adicional de insalubridade, inicialmente proposto para cerca de R$ 900, para R$ 2.113; e o aumento do salário dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias para dois salários mínimos.
- O projeto atende quase que totalmente as reivindicações do Sindicato dos Servidores Municipais, que não precisou de muito barulho para convencer a municipalidade.
- Quer ganhar uma camisa da Chape autografada por todos os jogadores? Compre a rifa “Chape na Série A” e participe! Acesse rifei.com.br/chapenaseriea
