O Simpósio Brasil Sul de Suinocultura começa amanhã (13), e no Sala de Debates da Condá FM, pude entrevistar Tiago José Mores, presidente do Nucleovet; Paulo Bennemann, presidente da Comissão Científica do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura; e Emersson Pocai, secretário da diretoria executiva do Nucleovet. O evento é um dos melhores da América Latina quando o assunto é discussão técnica e científica sobre o momento e o futuro dessa cultura tão importante para o Oeste catarinense.
Com exportações recordes de carne suína em Santa Catarina, que triscam o bilhão de reais por mês, é de suma importância que quem trabalha diretamente com a criação de porcos se atualize quanto às tendências tecnológicas e sanitárias. Grande parte dos inscritos no Simpósio são zootecnistas e médicos veterinários, que atendem diretamente o produtor, e dão toda a assistência no bem-estar animal da propriedade.
Mas a principal indagação dos ouvintes foi “e o produtor?”. Trabalhadores rurais que estão integrados às grandes agroindústrias e cooperativas reclamaram na rádio da falta de assistência e orientação para que não apenas a tecnologia facilite a vida do criador de suínos, mas também o apoio humano por meio de atenção médica preventiva, principalmente quando o assunto é acidente de trabalho. Ponto importante a ser discutido durante o Simpósio, visto que produtores rurais também participarão do evento.
A IA não vai substituir o produtor
Algo que é muito louvável de ter sido reconhecido pelo Paulo Bennemann na entrevista foi o fato de que, ao contrário do que se pensava, a inteligência artificial (IA) não substituirá de forma completa ou majoritária o trabalho humano na suinocultura. Para o Nucleovet, é essencial a capacitação do produtor rural para lidar com o novo maquinário que chega às propriedades com recursos de IA, que vão facilitar a criação de suínos.
É fundamental entender que, antes das máquinas, vem as pessoas. E toda cobrança por melhor valorização dos profissionais que compõem a cadeia produtiva da suinocultura deve ser respeitada. Do campo até a cidade, da propriedade rural até o supermercado, todos que fazem com que esta atividade esteja em um momento excepcional devem receber uma atenção especial para o progresso saudável e sustentável da suinocultura em Santa Catarina.
Bah, Paris, fostes mal!
O auge da desorganização nestes Jogos Olímpicos encerrados ontem (11), foi a imprensa francesa reconhecer ANTES do início das competições de que o Brasil, com crise política e econômica, fez uma Olimpíada melhor do que a que vivemos nos últimos dias. É simplesmente inacreditável. Mais de 60% dos brasileiros não queriam a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro dias antes do início do evento, e mesmo assim, todos colaboraram para um espetáculo de superação do próprio país.
Como faltam na nossa história como nação mais momentos assim! Por isso, é cabível exigir energicamente investimentos no esporte brasileiro e a mudança nas gestões das confederações nacionais dos mais diferentes esportes, incluindo o Comitê Olímpico Brasileiro. Agora, é descansar alguns dias e se preparar para prestigiar nossos paratletas nas Paralimpíadas que começam no próximo dia 28. E a estas horas, a bandeira olímpica já deve ter chegado com Tom Cruise e a moto dele em Los Angeles, que nos espera em 2028.
Recadinhos
Avançam os registros de candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador em Chapecó no sistema do TSE. Das três chapas majoritárias anunciadas, duas estão cadastradas.
João Rodrigues (PSD) e Dadá Westphal (NOVO) registraram as candidaturas no final da tarde de sexta-feira (9). Pedro Uczai (PT) tem até quinta-feira (15) para fazer o mesmo.
Quanto às candidaturas de vereador, temos confirmadas até as 12h de hoje (12), 117 opções no sistema do TSE, com sete partidos protocolados (PSD, Republicanos, MDB, PP, União Brasil, PSOL e NOVO).
Os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 1,08 milhão para a campanha, enquanto que os postulantes ao Legislativo podem gastar até R$ 145 mil cada um.
