
Um estudo inédito realizado pela Eligo Voto, plataforma especializada em assembleias digitais, analisou quase 3.500 assembleias em 412 condomínios de todas as regiões do país entre janeiro do ano passado e fevereiro deste ano, e revelou que 70% dos conflitos discutidos nas reuniões não têm relação com a pauta oficial, mas sim com problemas de convivência diária entre moradores.
A base inclui 188 mil participantes registrados, consolidando um dos maiores diagnósticos já feitos sobre comportamento condominial no Brasil. Chapecó apresenta um perfil condominial marcado por crescimento acelerado, forte senso comunitário e aumento recente de tensões relacionadas à convivência e à profissionalização da gestão.
Os principais motivos de conflito nos condomínios do município, conforme o estudo, são barulho e perturbação do sossego, obras e reformas sem autorização, uso das áreas comuns, vagas de garagem, prestação de contas e taxa condominial, pets, mudanças e comunicação interna. Chapecó apresenta um índice acima da média nacional em conflitos ligados a obras internas, reflexo do grande número de condomínios novos e em fase de adaptação dos moradores.
Os temas que mais geram tumulto nos condomínios de Chapecó, de acordo com o estudo, são regras não formalizadas ou mal comunicadas, conflitos pessoais levados à pauta coletiva, reformas sem comunicação prévia ao síndico ou à administração e divergências entre moradores antigos e novos residentes. Em 61% das assembleias presenciais analisadas, houve pelo menos uma discussão fora da pauta oficial.
Os indicadores de pressão emocional nos condomínios de Chapecó, conforme o estudo, são a alta incidência de interrupções durante falas, o volume elevado de reclamações informais no período pré-assembleia, os conflitos recorrentes originados na convivência diária, e a dificuldade do síndico em exercer papel de mediador neutro. Nos últimos cinco anos, houve um crescimento estimado de 76% no número de conflitos levados à assembleia. O aumento foi mais acentuado em temas ligados à barulho, obras e uso das áreas comuns.
O perfil condominial de Chapecó, de acordo com o estudo, é de um forte senso de comunidade, que amplia o impacto emocional dos conflitos; expectativa elevada por consenso nas decisões coletivas, maior personalização das disputas entre moradores e crescente abertura à mediação preventiva e ao uso de tecnologia para decisões coletivas.
Conforme a Eligo Voto, em Chapecó, os conflitos condominiais tendem a ser mais personalistas do que estruturais. A proximidade entre os moradores intensifica o desgaste emocional, tornando a mediação preventiva, a comunicação clara e o uso de processos digitais fatores decisivos para reduzir tensões e preservar a convivência entre os chapecoenses que moram em condomínios.
Recadinhos
- O STJ rejeitou o pedido da Novo Nordisk para estender para além de março de 2026 a patente da semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Rybelsus.
- Conforme a newsletter The News, essa medida abre espaço para que outras farmacêuticas produzam versões genéricas e similares do medicamento aqui no Brasil.
- Empresas como EMS, Hypera, Cimed, Eurofarma e Prati-Donaduzzi já se posicionaram para lançar suas versões a partir de 2026. O setor pode movimentar até R$ 10 bilhões por ano. Uma virada no mercado das canetas emagrecedoras.
- Se a oferta é maior, cai o preço. Com a quebra da exclusividade, estudos indicam que os valores podem reduzir entre 30% e 60% em até dois anos. Hoje, uma caneta de 1mg do Ozempic pode custar até R$ 1.300




