Informações G1
O norte-americano que morreu no ataque a um complexo hoteleiro em Nairóbi, no Quênia, era um consultor especializado em projetos em economias emergentes que havia sobrevivido aos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York.
Jason Spindler, um dos 21 mortos no ataque desta terça-feira reivindicado pelo grupo islâmico Al Shebab, “era um sobrevivente do 11 de Setembro e um lutador”.
“Estou certo de que os enfrentou”, disse no Facebook seu irmão Jonathan.
Spindler, que estudou na Universidade do Texas, em Austin, e na Universidade do Nova York, integrou os Corpos da Paz no Peru.
No 11 de setembro de 2001, Spindler estava trabalhando para o banco de investimentos Salomon Smith Barney, com sede no World Trade Center, os dois prédios que desabaram após serem atingidos por aviões sequestrados por terroristas da Al-Qaeda, no atentado mais sangrentos da história dos Estados Unidos, com quase 3 mil mortos.
Kevin Yu, amigo da época da Universidade do Texas, disse que Spindler foi um herói do 11 de Setembro, quando ajudou várias pessoas a sair do prédio em chamas.
Proprietário da empresa de consultoria e investimentos I-Dev, Spindler trabalhava em um projeto no Quênia.
Atentado no Quênia
A polícia do Quênia disse que o ataque começou com uma explosão. Três carros parados do lado de fora de um banco no complexo foram atingidos. Em seguida, um homem-bomba se explodiu na entrada do hotel.
Depois, os terroristas forçaram a entrada atirando contra os seguranças, por volta das 15h (10h em Brasília). Em seguida, lançaram explosivos em veículos que estavam no estacionamento.
O hotel, que costuma receber conferências, foi esvaziado às pressas. Um grande efetivo policial foi mobilizado para conter a situação, de acordo com os veículos de imprensa locais.
O ataque ocorreu em um bairro onde vivem cidadãos de outros países – além de Spindler, um britânico morreu no atentado. Outras três vítimas vinham de outros países da África, não detalhados pela polícia local.
O grupo terrorista Al-Shabab, que tem base na Somália, reivindicou autoria do atentado, que ocorreu com tiros e com explosões. Os extremistas afirmam que mataram 47 pessoas, número não confirmados pelas autoridades quenianas.
Também de acordo com a facção, o atentado ocorreu, segundo a imprensa israelense, em represália à transferência da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém – mudança comandada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no ano passado.