
Mulher segura uma faixa que diz “Liberdade” em Pacaraima (RR), na fronteira Venezuela com o Brasil — Foto: Bruno Kelly/Reuters
Informações G1
Os três militares venezuelanos que desertaram para o Brasil neste fim de semana pediram aos companheiros de farda que deixassem de apoiar o regime de Nicolás Maduro. “Que se coloquem do lado do povo, porque o povo está passando fome”, disse o sargento Carlos Eduardo Zapata a jornalistas neste domingo.
Também no sábado, mais de 60 abandonaram o próprio país para a Colômbia, em uma dia de confrontos entre apoiadores do presidente venezuelano e opositores.
Zapata, um dos três a desertar ao Brasil, relatou que um sobrinho dele morreu há cinco dias por falta de medicamentos.
Perguntados sobre qual ordem recebiam para lidar com manifestantes, o sargento Jorge Luis Gonzales Romero respondeu: “Ninguém cruza a fronteira, nem veículo”. Se alguém tentasse cruzar, segundo ele, a orientação era “chamar a atenção e retirá-lo dali”.
Nesta segunda-feira (25), a fronteira permanece fechada e o clima é tranquilo. Do lado brasileiro, a Polícia Rodoviária Federal não impede a passagem de pessoas, mas evita aglomerações. O cordão que havia sido montado pelos agentes da Força Nacional para evitar confrontos foi desmobilizado.
Veja o que aconteceu no domingo (24) D
- O Brasil condenou os confrontos na fronteira da Venezuela e o “caráter criminoso do regime Maduro”
- A Colômbia fechou por 2 dias parte da sua fronteira com a Venezuela, onde ocorreram os confrontos de sábado, para “avaliar danos”
- Manifestantes voltaram a entrar em confronto com militares venezuelanos na fronteira do Brasil com a Venezuela
- 3 militares venezuelanos desertaram pela fronteira em Pacaraima
- Um prefeito venezuelano fugiu pela mata, disse ser perseguido pelo governo Maduro e denunciou 25 mortes em áreas da Venezuela perto do Brasil
- A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos condenou a violência nas fronteiras da Venezuela e pediu que o regime Maduro repudie as ações