Espanha nos BRICS? A confusão que abalou relações internacionais
Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Donald Trump fez uma afirmação surpreendente ao confundir a Espanha com um país membro dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Ao ser questionado sobre a contribuição espanhola na OTAN, o presidente afirmou erroneamente que o país europeu fazia parte do grupo econômico e ameaçou impor uma tarifa de 100% sobre empresas espanholas que operam nos Estados Unidos. Mesmo após ser corrigido por um jornalista, Trump manteve sua posição e criticou o que considerou ser um “baixo investimento da Espanha em defesa”.
Discurso de posse e alegações infundadas
Durante o discurso que marcou o início de seu segundo mandato, em 20 de janeiro de 2025, Trump reviveu antigas polêmicas. Ele declarou, sem evidências, que a eleição de 2020 havia sido fraudada, mesmo após diversas investigações confirmarem sua legitimidade. O ex-presidente também acusou Joe Biden de perdoar 33 assassinos, mas os registros mostram que Biden comutou sentenças de 37 prisioneiros do corredor da morte para prisão perpétua.
Outra declaração equivocada envolveu a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Trump afirmou que ela havia rejeitado o envio da Guarda Nacional durante o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando, na verdade, Pelosi e o líder do Senado solicitaram reforço militar.
A imigração como foco de críticas
As polêmicas de Trump também se estenderam à questão migratória. Ele alegou que o Congo estaria enviando criminosos e pacientes de hospitais psiquiátricos aos Estados Unidos, uma afirmação amplamente desmentida por dados das autoridades de fronteira. Em um tom de autoelogio, o presidente afirmou que jovens americanos apoiaram massivamente sua reeleição e que sua administração garantiu a “melhor segurança fronteiriça da história do país”. Contudo, relatórios indicam que tais declarações não encontram respaldo nos dados oficiais.
Ordens executivas que dividem opiniões
Entre as medidas mais polêmicas assinadas por Trump está a tentativa de revogar a cidadania por nascimento. A ordem executiva visa impedir que filhos de imigrantes sem status legal adquiram automaticamente cidadania americana, em aparente afronta à 14ª Emenda da Constituição. Especialistas preveem desafios legais significativos para a implementação da medida.
Outra ação controversa foi a renomeação do Golfo do México para “Golfo da América”. Justificada como parte de uma “nova era dourada” para os EUA, a decisão gerou críticas de países vizinhos, especialmente do México, que rejeitou a mudança de nomenclatura.
Economia e protecionismo
Trump reafirmou sua agenda econômica protecionista, destacando medidas como a deportação em massa de imigrantes e a reversão de políticas ambientais. Sua intenção de priorizar combustíveis fósseis em detrimento de energias renováveis levantou preocupações sobre os impactos globais. Além disso, analistas comparam essas políticas às estratégias de “empobrecer o vizinho” da Grande Depressão de 1929.
Reações globais e futuras implicações
As declarações e medidas de Trump têm repercussões que ultrapassam as fronteiras americanas, reacendendo tensões diplomáticas e dividindo opiniões nos cenários interno e internacional. O início de seu segundo mandato já se mostra alinhado à sua postura combativa, prometendo mais polêmicas nos próximos anos.