Dez meses após o país voltar ao controle do grupo extremista Talibã, o Afeganistão volta a ser notícia no mundo inteiro. Agora, por um terremoto de 5,9 graus na escala Richter ocorrido nesta quarta-feira (22) que, mesmo não sendo dos mais fortes nos últimos anos, foi o suficiente para deixar um rastro de destruição na região leste do país.
Segundo a Agência Brasil, fotos na mídia afegã mostram casas reduzidas a escombros, com corpos envoltos em cobertores no chão. Helicópteros foram mobilizados no esforço de resgate para chegar aos feridos e transportar suprimentos médicos e alimentos, disse Salahuddin Ayubi, autoridade do Ministério do Interior.
Mais de mil pessoas morreram, segundo autoridades de gerenciamento de desastres. Outras 1.500 pessoas ficaram feridas, e o número de mortos deve crescer à medida em que as informações chegam de vilas remotas nas montanhas. O terremoto desta quarta-feira foi o mais mortal desde 2002 no país.
Em resposta à tomada de poder pelo Talibã, muitas nações impuseram sanções ao setor bancário do Afeganistão e cortaram bilhões de dólares em ajuda ao desenvolvimento. A ajuda humanitária continuou, no entanto, com agências internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Algumas sanções podem ser revistas, temporariamente, em função dos danos causados pelo terremoto.