
A tensão no Oriente Médio atingiu níveis críticos nesta quinta-feira (12), após Israel lançar uma ofensiva aérea de larga escala contra alvos nucleares e militares no Irã, em uma ação sem precedentes desde o início das hostilidades entre os dois países. Batizada de Operação Leão Ascendente, a operação resultou em dezenas de mortos, incluindo altos comandantes iranianos.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), mais de 200 caças bombardearam instalações nucleares e centros militares iranianos, com mais de 330 munições lançadas. Um dos principais alvos foi a central nuclear de Natanz, onde ocorre o enriquecimento de urânio. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou o ataque, mas relatou nenhum vazamento radioativo até o momento.
Em resposta imediata, o Irã lançou mais de 100 drones armados contra Israel. Autoridades israelenses acionaram o sistema de defesa antiaérea e decretaram estado de emergência nacional. Escolas, comércios e locais públicos foram fechados, e hospitais operam apenas em áreas blindadas.
Entre os mortos nos bombardeios estão o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, e o major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. O Irã declarou luto oficial e prometeu “resposta sem precedentes” nas próximas horas.
A crise já impacta o tráfego aéreo internacional: Israel, Irã e Jordânia fecharam seus espaços aéreos, e o aeroporto de Tel Aviv está inoperante. A escalada gerou preocupação global, com apelos por contenção por parte do Reino Unido, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Omã, Austrália e Nova Zelândia.
O governo dos Estados Unidos afirmou que não participou da ofensiva, embora tenha sido previamente informado. O secretário de Estado, Marco Rubio, reforçou que “a decisão foi exclusivamente israelense”, o que pode prejudicar as já frágeis negociações nucleares com o Irã.
A comunidade internacional monitora o desenrolar do conflito, que pode desencadear uma nova guerra regional com consequências globais.