
Informações O Globo
Cuba afirmou nesta quinta-feira (15) que tropas dos Estados Unidos se deslocaram secretamente pelo território do Caribe para preparar uma “agressão” e uma “aventura militar” contra a Venezuela, “disfarçada de intervenção humanitária”. Segundo a Chancelaria cubana, houve “movimentos de forças de operação especiais” até aeroportos de Porto Rico, República Dominicana e outras ilhas do Caribe — “provavelmente”, na visão de Havana, sem o conhecimento dos respectivos governos.
Em uma “Declaração do Governo Revolucionário”, Cuba classificou os recentes acontecimentos no país aliado como uma tentativa de golpe que até agora fracassou.
“Continua a preparação de uma agressão militar contra a Venezuela com pretexto humanitário”, agregou via Twitter a diplomacia de Havana.
Cuba tem sido um aliado-chave para o governo venezuelano desde o início da chamada Revolução Bolivariana, sob o comando do ex-presidente Hugo Chávez, em 1998. No comunicado, a Chancelaria cubana disse que o deslocamento de tropas ocorreu entre 6 e 10 de fevereiro, em “voos de aviões de transporte militar até o aeroporto Rafael Miranda de Porto Rico, a Base Aérea de San Isidro na República Dominicana e outras ilhas do Caribe estrategicamente localizadas”.
Os voos, segundo o governo cubano, tiveram origem em bases militares americanas de onde operam “unidades de forças de operações especiais e da infantaria da Marinha, utilizadas para ações encobertas, inclusive contra líderes de outros países”.
Para Havana, Washington busca “retirar do povo da Venezuela a primeira reserva de petróleo do planeta e outros substanciais e estratégicos recursos naturais”.
Cuba assegurou que “meios políticos e imprensa, inclusive americanos” revelaram que “figuras extremistas” dos Estados Unidos organizaram uma “tentativa de golpe de Estado na Venezuela mediante a ilegal autoproclamação de um presidente”.