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Crise na Venezuela: Assembleia aprova decreto de Guaidó que declara estado de alarme

A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou nesta segunda-feira (11), um decreto do autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, onde declara estado de alarme na Venezuela.

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O presidente da Assembleia Nacional e autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, preside sessão em Caracas, na segunda-feira (11)
Foto: AP Foto/Eduardo Verdugo

A justificativa apresentada foi a “calamidade pública gerada pela interrupção sustentada do fornecimento de eletricidade que afetou a grande maioria dos venezuelanos”. O país sofre com blecautes desde quinta-feira (7) e em alguns estados a falta de energia já soma mais de 80 horas.

O regime de Nicolás Maduro fala em sabotagem e acusou um ataque hacker com origem nos Estados Unidos, mas a oposição culpa o sucateamento da rede elétrica do país.

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Com a declaração do estado de alerta, as Forças Armadas são ordenadas a providenciar mobilizações necessárias para fornecer a devida proteção às instalações e aos oficiais da Corpoelec, responsável pelo fornecimento de energia.

Os oficiais de segurança também devem se abster de impedir ou criar obstáculos aos “legítimos protestos do povo venezuelano através dos quais expressam não apenas sua rejeição ao estado deplorável do sistema elétrico do país, mas, acima de tudo, sua imensa indignação em relação aos responsáveis por sua inépcia e corrupção”, segundo trecho do documento aprovado no Congresso.

Guaidó também convocou uma nova manifestação para terça-feira (12), como forma de protestar contra os blecautes: “Amanhã, às três da tarde (16h00 em Brasília), toda a Venezuela nas ruas”.

Segundo Guaidó, além da falta de eletricidade, em boa parte do país já começa a faltar água, a comida está apodrecendo e o transporte e as comunicações estão interrompidos ou instáveis.

“Não há normalidade na Venezuela e nós não vamos permitir que se normalize a tragédia (…), por isso o decreto”, afirmou o líder da oposição, acrescentando que “tudo [é] produto da corrupção e da imperícia do regime”.

Segundo a agência de notícias France Presse, para minimizar as consequências da crise elétrica, o governo prorrogou a suspensão de atividades de trabalho e escolares, que havia decretado na quinta-feira quando começou o problema de fornecimento de energia. O blecaute atinge a capital e 22 dos 23 estados do país, que tem 30 milhões de habitantes.

Muitas casas têm tanques de água, porque sempre há racionamento na Venezuela, mas as bombas não funcionam sem luz. Em Caracas, moradores fazem fila para conseguir se abastecer nas fontes d’água aos pés da montanha Ávila.

Por conta da situação, o governo vai começar a distribuir alimentos e água potável nas áreas mais carentes.

Maduro sustenta que o apagão foi provocado por “um ataque cibernético eletromagnético” cometido pelos Estados Unidos contra a hidroelétrica de Guri, no estado de Bolívar (sul), a principal da Venezuela e segunda da América Latina, depois de Itaipu.

*Informações G1

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