Israel e Hamas anunciam cessar-fogo histórico
Após 15 meses de intensos combates, Israel e Hamas chegaram a um acordo para o cessar-fogo na Faixa de Gaza. O compromisso foi mediado pelo Catar e prevê três fases de implementação, visando restabelecer a calma e reconstruir a região devastada pelo conflito.
O acordo entrará em vigor no próximo dia 19 de janeiro de 2025, marcando uma trégua significativa em um dos conflitos mais intensos dos últimos anos, que resultou em mais de 46.700 mortes somente em Gaza.
Primeira fase: libertação de reféns e retirada inicial
Na primeira etapa do acordo, com duração de seis semanas, o Hamas irá libertar 33 reféns, incluindo mulheres, crianças e idosos. Em troca, Israel compromete-se a liberar prisioneiros palestinos na proporção de 30 para cada civil refém e 50 para cada mulher soldado.
Durante este período, os combates serão completamente interrompidos e as forças israelenses recuarão das áreas urbanas para os limites da Faixa de Gaza. Além disso, está prevista a entrega de ajuda humanitária ampliada, permitindo que os palestinos deslocados retornem às suas residências.
Segunda fase: calma duradoura e libertações adicionais
Na sequência, um período de “calma duradoura” será instituído. Durante 42 dias, o Hamas libertará os reféns masculinos restantes, enquanto Israel realizará a retirada total de suas tropas da região. A troca de prisioneiros continuará sendo negociada para fortalecer a estabilidade na região.
Terceira fase: reconstrução e fechamento do ciclo
A etapa final do acordo prevê a troca dos corpos dos falecidos entre as partes envolvidas e o início de um plano de reconstrução de Gaza. Esse plano inclui a reabertura dos pontos de passagem fronteiriços, permitindo maior circulação de pessoas e bens, além de suporte internacional para a revitalização econômica da região.
Avanço significativo para a paz
O acordo representa um marco para a paz no Oriente Médio, trazendo esperança para as populações afetadas pelo conflito. Ainda assim, desafios permanecem no caminho para uma solução duradoura.
Com este compromisso, Israel e Hamas demonstram a possibilidade de diálogo, mesmo em meio a um histórico de confrontos violentos e divergências profundas.