Por volta das 08h30 da manhã desta quinta-feira (07), em coletiva de imprensa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou ao mandato após uma grave crise no seu governo, em que mais de 40 ministros e secretários de governo renunciaram em apenas 48 horas.
O estopim da crise foi, segundo a BBC, a nomeação por Boris do colega de partido e parlamentar Chris Pincher, do Partido Conservador, para um cargo no governo, mesmo após ser informado de uma queixa por assédio sexual contra ele.
Boris seguirá até setembro no cargo, quando concluirá o processo interno do Partido Conservador para a escolha do novo primeiro-ministro. Ele estava no cargo desde julho de 2019, e referendou seu cargo nas últimas eleições gerais, em dezembro do mesmo ano. Não será necessária uma nova eleição no país, pois a direita tem maioria no Parlamento Britânico.
Como consequência da renúncia ao cargo máximo de governo do Reino Unido, Johnson também perde a presidência do próprio Partido Conservador, mas mantém sua cadeira no parlamento. O partido deve manter o poder no país até as próximas eleições no Reino Unido, previstas para dezembro de 2024.
