O Capitão

Gostaria que o Capitão tivesse o dom do discurso da fala fácil e sobretudo uma oratória perfeita que encantasse a todos. Mas o capitão é tosco, passava o tempo todo se defendendo de hienas e com ausência do ponderável falava o que lhe vinha na telha. Não soube jogar o jogo do poder e do Stablichment. Sem equilíbrio emocional e perspicácia, passou a defenestrar seus amigos como Magno Malta, Bibiano, Paulo Marinho, os generais Santos Cruz da Secretaria da Presidência, Joares de Paulo dos correios, etc… brigou com os deslumbrados Alexandre Frota e Joice os quais ajudou a elegê-los.

Com o STF (Supremo Tribunal Federal) através de insultos, inclusive chamando o Ministro Alexandre de Moraes de canalha. Dispensou o porta voz e passou a se comunicar no cercadinho da saída do Palácio da Alvorada com impropérios, palavrões, não media suas palavras tampouco a quem se dirigia. Assim de briga em briga, armou seu próprio calvário. Já fizeram buscas em sua casa, cassaram seus direitos políticos a próxima humilhação possivelmente será a prisão.

Apesar de não ter boas maneiras como dito, teu governo não comprou maioria no Congresso com dinheiro da corrupção; não houve um sistema estrutural de arrecadação e distribuição de dinheiro desviado; não houve notícias de obras superfaturadas, tampouco propinas na obtenção de financiamento público que irrigava o caixa dois das campanhas; não criou um mundo paralelo conforme consta no livro A ORGANIZAÇÃO de Malu Gaspar; não há notícias de cobrança de percentuais em contratos públicos, pedágio em empréstimos, subornos para dar isenção tributária para quem não merecia, não houve devolução aos cofres públicos de 4.3 bilhões de reais da corrupção.

Ao que parece o sistema voltou-se contra o CAPITÃO por não ter boas maneiras e não por desonestidade. Apesar de ter sido jogado no ostracismo pelo TSE, você ainda agrega multidões. Vivemos um momento de martirização de quem tem opinião diferente dos detentores do poder, marcado pela vingança, pelo ódio e eliminação dos divergentes sem ter a quem recorrer… Não se pode conceber uma democracia de pensamento único. Como diz o velho ditado: “Quando não há justiça grande perigo é ter razão.”