
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu cerca de 20 minutos após a queda sofrida durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, segundo laudo divulgado nesta sexta-feira (27). Ela estava desaparecida desde sábado (21) e foi encontrada sem vida na terça-feira (24), após quatro dias de buscas. O corpo foi resgatado na quarta (25).
O exame de autópsia, realizado no Hospital Bali Mandara, revelou trauma torácico grave e hemorragia interna como causa da morte. Segundo os legistas, os ferimentos provocaram sangramento significativo nos órgãos respiratórios, além de múltiplas fraturas em regiões como tórax, coluna, ombro, coxa e cabeça.
O especialista forense Ida Bagus Alit afirmou que os danos internos foram fatais em curto tempo. “Não havia sinais de sangramento lento. Isso indica que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, explicou o perito. A hipótese de hipotermia foi descartada.
Juliana caiu de uma altura de 300 metros durante o segundo dia da trilha, em uma área de difícil acesso. Imagens de drones indicavam que ela ainda estaria viva no sábado, o que levou familiares a acusarem a operação de resgate de negligência.
Governo vai custear repatriação do corpo
O pai da jovem, Manoel Marins Filho, acompanhou a necrópsia e aguarda liberação para retornar ao Brasil. O velório será realizado em Niterói (RJ), sua cidade natal.
Na quinta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que editará um novo decreto para permitir que o governo brasileiro custeie o translado do corpo. “Vamos cuidar de todos os brasileiros, estejam onde estiverem”, declarou Lula durante um evento em São Paulo.
Família quer justiça
Pelas redes sociais, a família de Juliana afirmou que buscará responsabilização pelo caso. “Juliana merecia muito mais. Agora nós vamos atrás de justiça por ela”, escreveram na conta @resgatejulianamarins, criada para mobilizar apoio às buscas.