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Nesta terça-feira (15), a Coreia do Norte explodiu partes das estradas de Gyeongui e Donghae que conectam seu território a Seul, conforme anunciou o Exército sul-coreano. A ação foi uma resposta a alegações de Pyongyang de que a Coreia do Sul estaria lançando panfletos contra o regime de Kim Jong-un por meio de drones.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que, embora as explosões tenham ocorrido ao norte da Linha de Demarcação Militar (LDM), não houve danos às suas forças, que dispararam tiros de advertência em áreas ao sul da LDM. As estradas destruídas são consideradas simbólicas, representando a ligação entre os dois países, que permanecem divididos desde a Guerra da Coreia, nos anos 50.
As explosões seguem uma promessa de Pyongyang de fechar permanentemente a fronteira sul em protesto a exercícios militares realizados pela Coreia do Sul, com o apoio dos Estados Unidos. Durante uma reunião convocada por Kim Jong-un, o episódio foi classificado como uma “séria provocação do inimigo”, com o líder norte-coreano adotando uma postura militar rigorosa.
O incidente ressalta a escalada de tensões na península coreana, com Kim declarando a Coreia do Sul como seu “principal inimigo”. Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou suas ações militares, instalando minas e barreiras antitanques ao longo de uma fronteira altamente militarizada.
Imagens divulgadas pelo Exército sul-coreano mostram explosões e a presença de soldados norte-coreanos em ação, além de escavadeiras e caminhões no local. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul descreveu as ações de Pyongyang como uma provocação “extremamente anormal”, destacando que o país vizinho ainda deve pagamentos relacionados à construção das estradas.