
Mercados globais registraram forte recuperação nesta quarta-feira (9), com ganhos históricos nos principais índices dos Estados Unidos e valorização significativa do Ibovespa. O movimento foi impulsionado pela decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de suspender por 90 dias a imposição de tarifas sobre importações de diversos países — exceto a China, que teve aumento nas taxas.
Principais números do dia
- Ibovespa: alta de 3,19%, encerrando em 127.881 pontos
- Dow Jones: valorização de 7,87%, atingindo 40.608 pontos
- S&P 500: avanço de 9,51%, fechando com 5.456 pontos
- Nasdaq: salto de 12,16%, terminando o pregão em 17.124 pontos
O que motivou a disparada
A principal razão para o otimismo foi o anúncio da pausa de 90 dias nas tarifas anunciada por Trump, medida que foi interpretada pelo mercado como um sinal de possível trégua nas tensões comerciais. Apesar disso, o governo americano decidiu aumentar de 104% para 125% as tarifas sobre produtos chineses, justificando a decisão com base em uma suposta “falta de respeito” da China.
A notícia repercutiu imediatamente entre os investidores, que vinham demonstrando preocupação crescente com os efeitos de uma guerra comercial prolongada. Líderes empresariais e analistas alertavam para os riscos à economia global diante da escalada protecionista.
Tecnologia lidera a recuperação
Nos Estados Unidos, as empresas de tecnologia foram destaque. Gigantes como NVIDIA e Boeing registraram altas expressivas de 16,80% e 13,69%, respectivamente, contribuindo fortemente para o desempenho da Nasdaq, que liderou os ganhos entre os índices americanos.
Ibovespa acompanha o ritmo internacional
O principal índice da bolsa brasileira acompanhou o clima positivo nos mercados internacionais e fechou em alta robusta. O cenário global favorável influenciou diretamente o apetite por ativos de países emergentes, como o Brasil.
Alívio momentâneo, mas com cautela
Embora os resultados animem os mercados, analistas destacam que a suspensão das tarifas é temporária e as incertezas sobre a política comercial americana ainda persistem. A expectativa é de que os próximos movimentos da Casa Branca sejam acompanhados de perto por investidores ao redor do mundo.