
Milhões de brasileiros vivem o impacto direto das escolhas econômicas do governo: juros altos, dívida pública crescente e uma inflação que insiste em corroer o que resta da renda popular. A política monetária e fiscal atual impõe um fardo pesado aos mais pobres, enquanto o país se vê preso em um ciclo de desconfiança e paralisia econômica.
Selic alta: controle da inflação ou manutenção de privilégios?
A taxa Selic, atualmente entre as mais altas do mundo, é mantida em patamar elevado sob o argumento de conter a inflação. Mas, na prática, ela tem funcionado como uma trava para o crescimento, inibindo o consumo, encarecendo o crédito e desestimulando o investimento produtivo. O Banco Central sinaliza nova alta nesta semana, o que só agrava a fragilidade de famílias e pequenos negócios.
A dívida pública só cresce — e com ela o custo para o país
Com a Selic alta, o governo paga mais caro para rolar sua dívida, que já passa de R$ 7,5 trilhões. Essa espiral tem efeitos perversos: quanto maior a dívida, maior o risco percebido, e maiores os juros exigidos. Em vez de cortar gastos ineficientes ou promover reformas estruturais, o governo continua ampliando despesas obrigatórias, sem garantir contrapartidas de arrecadação ou controle fiscal efetivo.
O elo mais fraco: quem realmente paga essa conta
Os grandes prejudicados desse cenário não são os investidores nem os setores protegidos. São os pobres, os assalariados, os aposentados e os pequenos empreendedores, que enfrentam inflação nos alimentos, dificuldade de acesso ao crédito, desemprego e retração da economia. Essa política econômica, mantida sem coragem de mudar rumos, reforça a desigualdade e limita o potencial de mobilidade social.
Falta responsabilidade social na estratégia econômica
As medidas do governo mostram uma preferência por manter o sistema como está, mesmo que isso custe a dignidade de milhões. As ações tomadas até agora, como o novo arcabouço fiscal, não são suficientes para gerar confiança nem espaço para baixar juros. Enquanto isso, o Brasil segue empobrecendo sua população mais vulnerável em nome de uma estabilidade que nunca chega.