quarta-feira, abril 16, 2025
InícioGestão & NegóciosInflação desacelera para 0,56% em março, mas alimentos pressionam bolso dos brasileiros

Inflação desacelera para 0,56% em março, mas alimentos pressionam bolso dos brasileiros

Comida dentro de casa sobe mais que o dobro da média geral e tomate lidera a disparada de preços

Imagem meramente ilustrativa.

Alívio no índice, peso na cozinha

A inflação oficial no Brasil desacelerou em março e ficou em 0,56%, bem abaixo dos 1,31% registrados em fevereiro. No entanto, esse alívio numérico contrasta com a realidade do consumidor, principalmente nos supermercados. O grupo de alimentação e bebidas subiu 1,17%, quase o dobro do índice geral, e foi o responsável por cerca de 45% do IPCA do mês. O impacto maior veio de três itens básicos: tomate, ovo de galinha e café moído, que juntos representaram um quarto da inflação.


Os vilões da inflação: tomate, ovos e café

O tomate teve uma explosão de preço: +22,55% em apenas um mês. Segundo especialistas, o calor fora do comum nos meses anteriores acelerou a maturação do fruto e forçou uma colheita antecipada, reduzindo a oferta em março. O ovo de galinha subiu 13,13%, impulsionado pela alta no custo do milho (usado na ração) e pela maior demanda durante a Quaresma. Já o café moído teve alta de 8,14% no mês e acumula 77,78% nos últimos 12 meses, puxado por quebras de safra no Vietnã e impactos climáticos no Brasil.


Outros aumentos e regiões mais afetadas

A alimentação no domicílio subiu 1,31%, enquanto fora de casa ficou em 0,77%, com destaque para refeições (+0,86%) e cafezinho (+3,48%). Entre as regiões, Curitiba e Porto Alegre lideraram com 0,76% de alta, influenciadas pela gasolina, que subiu 1,84% e 2,43%, respectivamente. Na outra ponta, Rio Branco e Brasília registraram as menores inflações (0,27%), com destaque para a queda nas tarifas de ônibus urbano.

- Continua após o anúncio -

Pressões contínuas e preocupações futuras

O IPCA acumulado dos últimos 12 meses atingiu 5,48%, o maior desde fevereiro de 2023. A meta de inflação do governo é 3%, com teto de 4,5%. Com a alta dos alimentos e a inflação de serviços também pressionando (0,62% no mês e 5,88% em 12 meses), o cenário segue desafiador. Especialistas alertam que, sem normalização climática e melhora nas safras, os preços continuarão subindo, mantendo o Banco Central em alerta com a Selic em 14,25% ao ano.

Publicidade

Notícias relacionadas

SIGA O CLICRDC

147,000SeguidoresCurtir
120,000SeguidoresSeguir
13,000InscritosInscreva-se

Participe do Grupo no Whatsapp do ClicRDC e receba as principais notícias da nossa região.

*Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp