terça-feira, abril 1, 2025
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Consignado do Lula vira alvo de denúncias: “Primeiro o banco, depois a família”

Possíveis fraudes, juros disfarçados e armadilhas financeiras para a população carente; governo é acusado de induzir brasileiros ao erro com promessas enganosas

Foto: Givanildo Silva | Doutor em Ciências Contábeis e Administração

Empréstimos fáceis, consequências pesadas

O novo programa de crédito consignado lançado pelo governo federal, apelidado de “Empréstimo do Lula”, tem sido alvo de duras críticas por parte da oposição. De acordo com o deputado Claudio Branchieri, a proposta é vendida à população como um alívio financeiro, mas esconde um esquema de endividamento em massa que pode gerar impactos devastadores, especialmente para as famílias de baixa renda.

Primeiro o banco, depois a família”, ele afirma, destacando que o programa prioriza o pagamento automático ao banco diretamente na folha de pagamento, antes mesmo de o trabalhador ter acesso ao salário para suprir necessidades básicas.

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Simulação revela valores ocultos

Uma simulação feita no gabinete do parlamentar, utilizando a carteira digital do trabalho, apontou graves distorções. Ao solicitar um empréstimo de R$ 10 mil, o sistema informa um “valor total a ser pago” de R$ 10.346,78, sugerindo que os juros são mínimos.

No entanto, a realidade é outra: o pagamento é dividido em 48 parcelas de R$ 352, totalizando R$ 16.896. Segundo os críticos, isso representa um custo efetivo real de 2,39% ao mês, e não os 2,17% informados inicialmente — diferença justificada pela omissão deliberada do IOF como parte do custo total.

“Isso é mentira. É uma indução ao erro. O governo está vendendo uma ilusão para quem não tem educação financeira”, afirma a denúncia.


Campanha oficial incentiva o endividamento

O próprio presidente Lula gravou um vídeo recomendando que os brasileiros utilizem o crédito consignado para comprar geladeira, fazer reforma na casa ou adquirir uma TV. O governo incentiva o consumo imediato sem esclarecer as consequências financeiras de longo prazo.

Esse tipo de comunicação cria um ambiente de falsa segurança e empurra os mais pobres para um “endividamento silencioso”, do qual muitos só perceberão os efeitos meses depois, quando o salário líquido cair drasticamente.

“Hoje o trabalhador ganha R$ 5 mil. Amanhã, quando for ver, só recebe R$ 3.500. O resto vai direto pro banco”, alerta o deputado. “É uma arapuca.”


Governo é acusado de fraude e má-fé

Diante das inconsistências e da ausência de clareza nas simulações do sistema oficial, foi feita uma notificação ao Ministério Público Federal, com uma queixa criminal solicitando a correção das informações apresentadas.

As acusações vão além da má gestão: “Isso aqui é crime contra a economia popular. Foi feito de maneira deliberada ou por pura incompetência. No caso do PT, pode ser qualquer um dos dois. Porque conhecimento eles não têm. E caráter também não.”


População vulnerável é a mais afetada

O temor maior do parlamentar é que o programa atinja justamente os mais vulneráveis. Pessoas que, diante de uma emergência, como um problema de saúde ou um acidente com o carro, acabam vendo no crédito consignado uma solução imediata.

“Antes, em um aperto, o trabalhador podia atrasar as parcelas do banco para garantir comida na mesa. Agora, com o desconto direto em folha, isso acabou. O banco virou prioridade.”


Objetivo político por trás do crédito

Na visão do parlamentar, o governo aposta nesse estímulo artificial ao consumo para tentar reanimar a economia e viabilizar a reeleição em 2026. “É uma injeção de adrenalina numa economia que está moribunda, entrando em colapso. Eles tentam empurrar a crise com a barriga até a próxima eleição.”

A promessa de “crédito ao trabalhador” virou, nas palavras dos opositores, “o prego no caixão da classe média”.


Críticas prometem ecoar diariamente

O programa segue em vigor, mas a oposição promete manter o tema em pauta: “Nós vamos denunciar esse governo fraudulento todos os dias aqui na tribuna.”

A discussão promete se intensificar nos próximos meses, com pressões para que o governo revise os termos do programa e preste esclarecimentos sobre os reais custos e riscos para a população.

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