terça-feira, abril 1, 2025
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Brasil quebra recordes negativos enquanto governo Lula comemora o nada

Maquiagem no crescimento econômico, alta na dívida pública, queda da poupança e deterioração fiscal

Foto: Givanildo Silva | Doutor em Ciências Contábeis e Administração

Crescimento do PIB é anabolizado

O crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 virou motivo de comemoração por parte do governo federal. Mas, o número esconde uma realidade preocupante: o avanço foi artificialmente impulsionado por aumento de gastos públicos, e não pelo fortalecimento da economia real.

O governo Lula aumentou o gasto público de 18% para 18,8% do PIB, ao custo de um déficit de R$ 275 bilhões em dois anos. Ao mesmo tempo, a dívida pública, que havia sido reduzida para 71,7% ao final do governo Bolsonaro, voltou a subir para 76,5%. O país está “quebrando” por um ganho irrisório de 0,4 ponto percentual em comparação ao crescimento obtido pela gestão anterior.

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“Superávit de janeiro não é notícia”

Outro dado comemorado pelo governo — o superávit de R$ 84,9 bilhões em janeiro — também é questionável. Lembramos que desde 1997, todos os janeiros registraram superávit, inclusive em 2021, ano de pandemia. O mercado, inclusive, esperava um resultado maior: R$ 88,5 bilhões.

É como dar a notícia de que um avião pousou no aeroporto. É o normal, não motivo de festa, como faz a base governista em comemorar o nada.


Alta na carga tributária e corte na capacidade de poupar

Enquanto o governo celebra os números do PIB, o bolso do brasileiro sente outro impacto: a carga tributária deve atingir 33,8% do PIB, o maior nível da história. Para a classe média, isso significa pagar mais impostos e, ainda assim, ter que bancar educação, saúde e segurança privadas, diante da ineficiência dos serviços públicos.

Além disso, a taxa de poupança caiu para 14,5% em 2024, bem abaixo da média mundial de 26%. No fim do governo Bolsonaro, esse índice era de 15,8%, o que indica uma diminuição na capacidade das famílias brasileiras de guardar dinheiro — um sinal preocupante de que o consumo está sendo mantido à custa da reserva financeira.

A poupança sempre cai quando a crise está se instalando. A crise está chegando!


Desaceleração e sinais de alerta na economia real

O governo já reconhece que a economia deve crescer menos em 2025. Segundo declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a alta da renda estaria pressionando a demanda, o que justificaria a necessidade de desaceleração. No entanto, o aumento de renda não é orgânico, mas “anabolizado” por gastos públicos.

A preocupação se amplia com o desempenho das empresas: o lucro das 30 maiores empresas brasileiras caiu em 2023, algo que não acontecia desde 2015. Além disso, nenhuma empresa abriu capital na Bolsa nos dois primeiros anos do governo Lula, enquanto, no mesmo período sob Bolsonaro, 79 empresas fizeram IPOs — quase 19 por ano.


Filme “Lula no País das Maravilhas”

A celebração de dados isolados e descontextualizados revela uma tentativa de pintar um país fictício. O governo deveria usar a Lei Rouanet para financiar um filme chamado ‘Lula no País das Maravilhas’.

O problema é quando a realidade bater à porta. E aí será tarde demais para os brasileiros mais pobres, que eles juram de pé junto que defendem.

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