
O Brasil já teve um PIB maior que o da China, mas perdeu o ritmo nas últimas décadas. Enquanto países como China, Índia e Coreia do Sul transformaram suas economias e cresceram milhares de vezes desde 1970, o Brasil avançou de forma mais lenta. Para recuperar o fôlego e crescer de forma robusta nas próximas décadas, especialistas apontam reformas estruturais, investimentos estratégicos e um ambiente de negócios mais favorável como fatores essenciais.
O que impulsionou o crescimento dos gigantes asiáticos?
A China, em 1970, tinha um PIB inferior ao do Brasil. Hoje, é a segunda maior economia do mundo, com mais de US$ 18 trilhões. A Coreia do Sul, que tinha um PIB de apenas US$ 8 bilhões, alcançou US$ 1,7 trilhões, enquanto o Vietnã multiplicou sua economia em mais de 23.000%. O que esses países fizeram?
Investimento pesado em educação, inovação e infraestrutura. Além disso, apostaram na industrialização, na abertura comercial e em políticas de longo prazo para modernizar suas economias.
O Brasil precisa destravar sua economia
O Brasil cresceu, mas ficou para trás. Em 1970, o PIB brasileiro era maior que o da China e do Vietnã, e estava próximo ao da Coreia do Sul. Em 2024, o país atingiu US$ 2,33 trilhões, mas ainda está atrás de todos os países do G7 e perdeu protagonismo global.
Para mudar esse cenário, o Brasil precisa reduzir a burocracia, melhorar o ambiente de negócios e investir na digitalização da economia. Além disso, reformas como a tributária e a administrativa são cruciais para atrair investimentos.
Os principais desafios para um crescimento acelerado
O Brasil tem um potencial imenso, mas enfrenta desafios estruturais que impedem um crescimento sustentável. Entre os principais entraves estão:
- Carga tributária elevada e burocracia excessiva: Empresas gastam muito tempo e dinheiro com impostos complexos.
- Infraestrutura defasada: Rodovias, ferrovias e portos precisam de modernização.
- Educação e qualificação profissional deficientes: Faltam investimentos em ensino técnico e inovação.
- Baixa abertura comercial: O Brasil ainda exporta poucas manufaturas e depende de commodities.
- Falta de previsibilidade econômica: Oscilações políticas e falta de planejamento de longo prazo afastam investidores.
O que precisa ser feito para o Brasil crescer como as potências?
Para acelerar o crescimento e alcançar um patamar semelhante ao de China e Coreia do Sul, o Brasil precisa de um plano estratégico com foco em 10 pilares essenciais:
- Reforma tributária: Simplificação de impostos e redução da carga sobre empresas.
- Educação e inovação: Investimento em tecnologia e ensino técnico.
- Infraestrutura: Modernização de portos, rodovias e ferrovias.
- Ambiente de negócios: Menos burocracia e mais incentivos ao empreendedorismo.
- Indústria de valor agregado: Redução da dependência de commodities.
- Digitalização da economia: Expansão da internet e incentivo à tecnologia.
- Sustentabilidade: Uso inteligente dos recursos naturais e bioeconomia.
- Responsabilidade fiscal: Controle da dívida pública e gastos eficientes.
- Abertura comercial: Expansão de acordos internacionais e incentivos às exportações.
- Combate à corrupção: Segurança jurídica e previsibilidade para investidores.
Brasil pode crescer acima de 4% ao ano?
Países que implementaram reformas estruturais conseguiram taxas de crescimento aceleradas por décadas. O Brasil tem todos os recursos necessários para crescer acima de 4% ao ano, mas precisa de decisões políticas firmes e investimentos estratégicos para destravar sua economia.
Se seguir o caminho de China, Coreia do Sul e Vietnã, o Brasil poderá se tornar uma potência econômica global, gerando mais empregos, inovação e desenvolvimento sustentável.