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A economia brasileira pode entrar em recessão no segundo semestre de 2025, conforme alerta do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato. O banco revisou suas projeções e reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,9% neste ano, com uma previsão ainda mais modesta de 1,3% para 2026. O principal motivo para esse cenário preocupante seria a alta dos juros e a queda nos investimentos, fatores que podem levar a uma retração econômica já nos próximos meses.
O alerta do Bradesco: recessão técnica à vista?
A principal preocupação apontada pelo Bradesco é a desaceleração da economia ao longo do ano. Apesar do agronegócio ser um dos setores que podem sustentar o PIB no primeiro trimestre de 2025, a expectativa é que o consumo e os investimentos caiam nos meses seguintes. Se essa tendência se confirmar, o Brasil pode registrar dois trimestres consecutivos de retração no PIB, o que caracterizaria uma recessão técnica.
Além disso, a inflação segue em patamares elevados, com previsão de 5,7% em 2025, desacelerando para 3,4% em 2026. A combinação de preços altos, crédito caro e incerteza econômica tende a frear o consumo e desestimular investimentos no país.
Outras instituições financeiras também preveem dificuldades
O Bradesco não está sozinho nessa projeção. A gestora Kinea, do Itaú, também avalia que há um risco real de recessão no segundo semestre de 2025. A análise dessas instituições se baseia em um cenário de juros elevados, atualmente projetados para 15,25% ao ano, o que dificulta o acesso ao crédito e reduz a circulação de dinheiro na economia.
Por outro lado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central adota uma postura mais cautelosa e ainda não vê sinais concretos de uma recessão iminente. A ata da última reunião do Copom aponta que há indícios de desaceleração, mas sem evidências claras de que o Brasil entrará, de fato, em recessão.
Um futuro incerto e desafios à frente
O cenário traçado pelos economistas indica que o Brasil enfrentará meses desafiadores, com necessidade de monitoramento constante das políticas monetária e fiscal para evitar uma recessão prolongada. O comportamento do consumo interno e a confiança dos investidores serão determinantes para o rumo da economia nos próximos meses.
O país ainda tem tempo para reverter esse quadro, mas os sinais de alerta já foram dados. Resta saber se as políticas econômicas conseguirão estimular o crescimento antes que seja tarde demais.