
O recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo federal em maio de 2025, representa um retrocesso significativo na política econômica brasileira. A medida, que visa arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, tem gerado críticas de diversos setores da sociedade e do mercado financeiro .
Impacto no crédito e na economia
O aumento do IOF sobre operações de crédito para empresas, que passou de 1,88% para 3,95% ao ano, afeta diretamente o custo do capital de giro, especialmente para micro e pequenas empresas. A elevação da alíquota para empresas do Simples Nacional, de 0,88% para 1,95% ao ano, também é motivo de preocupação . Essas mudanças podem desestimular investimentos e dificultar o acesso ao crédito, comprometendo a retomada econômica.
Repercussão no mercado financeiro
A decisão do governo de aumentar o IOF foi recebida com surpresa e críticas pelo mercado financeiro. A falta de coordenação com o Banco Central e a ausência de uma estratégia de comunicação eficaz agravaram a situação . A reação negativa levou o governo a recuar parcialmente, mantendo a alíquota zero para investimentos de fundos nacionais no exterior .
Consequências para a internacionalização da economia
A elevação do IOF sobre operações cambiais, como compras no exterior com cartão de crédito e remessas internacionais, pode ser interpretada como uma forma de controle de capitais. Essa percepção pode afastar investidores estrangeiros e prejudicar a integração do Brasil à economia global.
“Do couro sai a correia”
O aumento do IOF, embora justificado pela necessidade de equilíbrio fiscal, revela uma abordagem equivocada que prioriza a arrecadação em detrimento do crescimento econômico sustentável. É fundamental que o governo reavalie suas políticas fiscais, buscando alternativas que estimulem o investimento e a competitividade, sem sobrecarregar o setor produtivo.